Vai-não-vai de Bolsonaro à Globo: valentão ou fujão?

“Fez que ia, não foi, mas acabou fondo”, a antológica tirada do jogador de futebol Dario José dos Santos, o Dadá, bem que serviria para descrever a polêmica ida de Jair Bolsonaro à entrevista do Jornal Nacional com os candidatos mais bem colocados nas pesquisas.

Mas por enquanto, porque já ninguém sabe se ele afinal irá ou não, pois antes de confirmar a presença, sua assessoria chegou a dizer que a campanha e sua agenda impossibilitavam a ida ao Rio de Janeiro para a entrevista, contando com a reação de seus seguidores ao fato de a emissora recusar-se a fazê-la no Palácio da Alvorada.

Podem esperar que os ataques à Globo, nos próximos dias, vão se acentuar, para sondar como se poderia construir uma ausência sem vestir a carapuça de fujão e derrotado.

Bolsonaro é um dissimulado, capaz de xingar de “canalha” a um ministro do STF e, no dia seguinte, enxugar as lágrimas no lenço de Michel Temer e dizer que foi “o calor do momento”.

Se for, sua pauta pouco ou nada terá a ver com governo ou com políticas públicas: aborto, Deus, liberação de drogas, ameaça comunista, etc. Ah, sim, e a história sem fim da facada e do milagre divino.

Fará pouco da Covid, seu maior flanco durante a entrevista.

Tudo o que lhe interessará será atacar a honra de Lula e convocar sua grei para o 7 de setembro.

Isso, claro, se “acabar fondo”.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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