É curioso ver quantas vezes se repete a história de que Jair Bolsonaro, pressionado e encurralado, vai se tornar o “Jairzinho Paz e Amor” e vergar-se à realidade.
Isso vem desde lá dos idos da campanha eleitoral, como um mantra de autoindulgência a que apelavam os que se entregavam à realidade de que só Bolsonaro derrotaria o PT e diziam que “as instituições” encarregar-se-iam de domar a Besta.
Peguei no Twitter esta coleção de capas da Veja para demonstrar que apertam Bolsonaro, mas assopram quando ele acena ceder. E isso não sai grátis.
O que estamos assistindo – embora, sim, tenha traços da indignação da sociedade com a inação sanitária do Governo – é uma dança do Centrão para avançar sobre o governo.
Ernesto Araújo, o ministro das “Relações Inferiores” tem, hoje, importância zero na estupidez governamental, pois perdeu os interlocutores extremistas no governo Trump. É apenas um alvo fácil, muito mais fácil do que a curriola militar que controla o Palácio do Planalto e que é a fonte real do poder de Bolsonaro, sem a qual já teria sido corrido de cinto de lá.
O governo Bolsonaro – mais do que a figura de Bolsonaro – está e desfazendo.
E é no grito que se pegam os nacos.