A multiplicação dos episódios de violência – a agressão a socos de um pesquisador do Datafolha, um tiro contra um prédio no Recife onde um dos moradores tinha uma bandeira de Lula na janela e vários outros, até o “virtual” do marginal que atira de fuzil numa imagem de Lula – é sinal muito claro de que a situação eleitoral de Jair Bolsonaro está se deteriorando mais rapidamente do que revelam as pesquisas eleitorais, embora a cada dia, elas ou sugiram.
No Datafolha a ser divulgado à noite, o atual presidente tem uma situação que se assemelha àqueles clubes que chegam ao final de campeonatos dependendo da famosa “combinação e resultados: precisa não perder pontos e que os candidatos que desviam a eleição do ser caráter plebiscitário – Ciro Gomes e Simone Tebet – não se desidratem. Para efeito de 2° turno, como se sabe, a disputa é entre Lula e a soma Bolsonaro + Ciro + Tebet e outros.
As pesquisas saídas ontem à noite e agora cedo, de abrangência estadual, só trouxe dados ruins para o atual presidente: amplia-se a já enorme vantagem de Lula na Bahia e em Pernambuco e, mais relevante, cai fortemente (8 pontos) a diferença que Bolsonaro tinha no Distrito Federal, onde o Ipec indica agora um saldo de 5 pontos percentuais, o que o deixa em empate na margem de erro (3%) da pesquisa.
O comando da campanha bolsonarista, apesar das declarações de que o tal “Datapovo”é o que importa, rói as unhas com o temor de que o Datafolha aumente a vantagem lulista. 15 pontos, consideram eles, seria a marca fatal para selar que a as eleições se definam em 1° turno e com alguma folga sobre o mínimo de 50% dos votos válidos para Lula.
É claro que, aqui, não se “adivinha” resultados de pesquisas, mas apenas os sinais perceptíveis. Nelas e nas ruas, onde já se vê como se refletem em ânimo da candidatura Lula.
E do desespero bolsonarista.