Geraldo Alckmin lançou seu site de campanha para 2018, com um slogan que não deixa dúvidas em qual é o foco que escolheu, certamente com uma montanha de pesquisas, especialmente as qualitativas, feitas em salas com espelhos para o “ver sem ser visto”.
Preparado para o Brasil
Vê-se, portanto, que não é de Lula que ele busca um diferencial. Não é, agora, o seu problema.
Os problemas de Alckmin são João Doria (praticamente resolvido, esfarinhado que está), a aventura Jair Bolsonaro e o possível Luciano Huck.
Preparado, no caso destes três, é diferencial, sim embora tenha, como seu personagem, grau de empolgação zero.
A “conta” de Alckmin é bem simples. Sabe que será difícil tirar de Lula os cerca de 40% que ele tem nas pesquisas e que, com a supressão artificial de sua candidatura, inevitavelmente vai desencadear um processo de transferência para quem ele indicar.
Dos 60% restantes, dificilmente Bolsonaro deixará de ter algo perto de um terço, ou 20% do total. Marina, talvez 10%. Ciro, com Lula tende a ficar nos 4 ou 5% que tem, o mesmo que a soma de PSOL e pequenas candidaturas somadas.
Sobram, portanto, pouco mais de 20% ou até 30% a disputar e, dos seus atuais 8%, é esse eleitorado que Alckmin pretende alcançar para chegar ao segundo turno.
Por isso, Dória candidato por outro partido (até há pouco uma possibilidade, agora improbabilíssimo) ou o lançamento da candidatura Luciano Huck lhe seriam fatais.
Como lhe seria fatal ser visto como o candidato de Michel Temer, maldição que o PSDB agarrado ao governo tende a lhe transferir, ainda com Aécio de contrapeso.
A importância desta aritmética, comum na marquetagem, a um ano das eleições tem de ser relativizada.
Falta-lhe o imponderável processo social que acaba por marcar processos eleitorais.
Mas, neste momento, Lula tem razão ao afirmar, como fez hoje, que “Doria é ameaça ao Alckmin” e não a ele. E Huck também, e não é à toa que Reinaldo Azevedo, o principal trombeteiro do governador, dispara contra ele suas baterias na Folha: “Se ele (Huck) disputar a Presidência, os eleitores vão ser convidados a dizer “sim” ou “não” à TV Globo. E vencerá o “não”, como já vence hoje.”
É por isso que, mesmo com o esfarinhamento de Dória, Geraldo Alckmin manteve o “preparado” como foco de seu marketing.
Sabe que o conservadorismo, no fundo, procura, no fundo, uma nulidade serena.
19 respostas
Sou do interior de São Paulo, reduto tucanissimo e afirmo, jamais voto em qualquer membro do PSDB e PMDB.
FÁBIO, EU TAMBÉM NÃO VOTO EM TUCANO GORDOS E MUITO MENOS NOS MAGROS DE SÃO PAULO..
Urgente: parece que caiu a liminar! Então é isso? Leiloarão a valores vis nossos bens coletivos e não há nada que possamos fazer?
O leilão já está ocorrendo. E você acreditou que os milionários escritórios de advocacia das petroleiras não convenciam os tribunais superiores a derrubar a liminar?
A desgraça de nossa nação é que não tem sequer um Procurador da República que se insurja em defesa do patrimônio público. Não tem um militar nacionalista mais que se insurja contra isso, nem na reserva. São todos neoliberais idiotas (ou coisa pior) que vendem a Pátria em troco de fazerem intercâmbio e palestras nos EUA (ou talvez coisa pior). Que inveja eu tenho da China, Rússia e Índia cuja elite dirigente defende com unhas e dentes suas nações e botam para correr quem quer roubar as riquezas nacionais deles.
Esse slogan é o “eterno” do Serra: “o mais preparado” que perdeu em 2002 para Lula e em 2010 para Dilma. Por sinal “roubado” do Maluf que também se dizia o mais preparado, e também perdeu todas as eleições diretas, exceto para prefeito em 1992. A última vez que esse slogan (com suas variações que querem dizer a mesma coisa) deu certo foi em 94 e 98 com FHC, porém não foi o slogan em si, foi o plano Real que o elegeu.
“Comprando” Marina, Alckmin já teria meio caminho andado. Como ela já prestou ótimos serviços a José Serra em 2010 e a Aécio em 2014, com beija-mão e tudo, por que Marina não se “venderia” agora para vice de Alckmin? Se depender do Itaú, o que não é pouco no caso dela, negócio feito.
Já avisaram ao Picolé de XUXU que o Brasil é “Movido a Água”…Ele DESIDRATOU os Paulistanos Patetas e se arvora ao descalabro de querer DESIDRATAR O BRASIL !!! QUÁ…QUÁ…QUÁ…
Malckmin. Preparado para a Opus Dei.
Porra de Alckmin, sweet heart! Bolsonaro 2018!!!
A direita vai tentar fazer milagre com o Santo do pau oco… Quem é que vai votar pra presidente em um tucano paulista? Tem que ser burro nível eleitor do Dória!!!
Refletindo, acho que o slogam não é o de campanha voltado para a população, mas para consumo interno, ou seja, para controlar a convenção tucana e para os financiadores de campanha (os banqueiros da Febraban, e no segundo escalão os empresários da Fiesp, os verdadeiros donos do poder que vêem os políticos que financiam como seus empregados).
Só que Alckmin muito provavelmente será o candidato do PSDB, já que com a derrocada de Aécio e Dória, controla a máquina. Só que, por mais que gostariam, os banqueiros são pragmáticos e podem “cristianizar” Alckmin (apoiar outro) se ele não decolar nas pesquisas, tirando do colete algum nome com mais chances nas pesquisas.
Assim como a eleição de Collor em 1989 inaugurou o moderno Marketing político, vendendo o candidato como se vende sabão em pó, nesta os banqueiros e empresários investirão em todo tipo de técnica de marketing viral direcionado usando big data, inclusive bisbilhotando os cadastros internos das grandes corporações para repassar informações aos candidatos deles, como ocorreu com Trump nos EUA. E numa campanha de marketing, pesa contra Alckmin uma imagem desgastada da velha política, em um momento que o eleitorado quer de volta os bons tempos de Lula ou então preferirá renovação.
Gostei muito de sua análise, muito plausível e possível.
Lula do Brasil aos 72 anos, por Urariano Mota
O Jornal de todos Brasis
Lula do Brasil aos 72 anos, por Urariano Mota
URARIANO MOTA
SEX, 27/10/2017 – 12:03
Lula do Brasil aos 72 anos
por Urariano Mota
Milhares, milhões de mensagens vão chegar para o presidente Lula neste dia do seu aniversário. Tantas e justas mensagens.
?
Aqui do meu canto, sem ter mais o que dizer além de que o Brasil ama Lula, que os brasileiros o desejam como um irmão, como um guerreiro que não dá trégua, como um lutador sem descanso, nem mesmo paz. Incapaz de não me repetir, de não mencionar a sua obra de inclusão e de esperança que fez chegar aos fodidos de sempre, eu gostaria de ser um pouquinho só original. Mas não consigo. Então, por ausência absoluta de originalidade, recorto um trecho do que escrevi para o dia em que Lula foi ao bairro de Água Fria, no Recife, bairro central da minha infância. Num trechinho foi assim:
“Súbito há um estouro, não de fogos nem de boiada. Há um rumor que cresce, que se torna incontrolável, que mais lembra um orgasmo coletivo, sofrido, querido e esperado. É Lula! É Lula! Todos gritam. Os berros se fazem ouvir mais alto, ensurdecedores. Mulheres, meninos, homens chamam a atenção do Presidente, querem chamá-lo, e ele não sabe para que lado se dirija. Na hora, uma ideia tenebrosa me ocorre: se caísse um raio aqui, neste exato instante, todos morreriam felizes. Mas essa ideia não atinge palavras. Lula vem para o nosso lado. É ele. A minha fotógrafa se esquece em absoluto de mim, o repórter, e avança para o círculo estreito onde todos lhe querem tocar a mão. Aos gritos. Aos prantos. Aos empurrões.
A última vez em que vi algo semelhante em Água Fria foi em 1965, no último dia de carnaval. Tocou Vassourinhas e não havia força que contivesse o gozo da multidão em fúria. Agora sem frevo, sem orquestra, desta vez a multidão delira como se estivesse diante de um astro pop. O presidente passa a ideia de um santo, porque tem poderes para ajudar os que padecem, e de fascínio, porque mostra como um homem do povo consegue ser importante. Por isso as mulheres gritam, “Lula, meu lindo!”, por isso os homens apertam-lhe a mão, com força e calor, por isso os meninos levantam a cabeça, todos os meninos pobres levantam a cabeça. Então eu percebo que os periféricos não se embriagam somente de álcool e frevo. De Lula também se embriaga a gente”.
Parabéns, eterno presidente do Brasil.
*Vermelho
http://www.vermelho.org.br/coluna.php?id_coluna_texto=8723&id_coluna=93
Milhões, milhões de mamutes globais aplaudem a entrega dos campos do pré sal.
Eles agora já não se mostram, não vão às ruas… Mas, continuam aplaudindo a patranha da mesma forma…. exatamente da mesma forma…
Quando a conta chegar, quando o passaralho bater à sua porta (e baterá), então ele vociferará…”Culpa do PT”.
Com gosta de dizer o PHA. “Tucano será eleito presidente da república lá pelos anos de 3018”
Não faz muito tempo. Foi há menos de 7 meses, em 21 de março de 2016. O governo Dilma apresentou um projeto de lei complementar propondo um teto para os gastos públicos. A ideia estava inserida num pacote de medidas “estruturantes” e foi defendida por Nelson Barbosa, não só ministro da Fazenda, mas um dos principais aliados da presidente durante toda a sua passagem pela Presidência da República.
Após o afastamento de Dilma, Michel Temer encampou a ideia. O que fez Nelson Barbosa? Passou a se posicionar contrário à ideia. Para tanto, a exemplo do que ocorreria com a reforma do ensino médio, atacou a forma como o teto de gastos seria implementado. Alegou que não poderia durar 20 anos, mas apenas um mandato, nem deveria partir de uma emenda constitucional – lembra ou não lembra a “narrativa” pela qual o atual governo não poderia mexer na educação via medida provisória?
Passado o impeachment, o PT execra a possibilidade de um teto para gastos públicos, alegando que isso prejudicaria a saúde e a educação. Mas o PT nunca se importou com a saúde, com a educação, com o Brasil ou com o brasileiro. Somente com o PT. Pode ser a melhor das ideias, se não beneficiar o petismo, não interessa ao petismo.
A PEC 241 não beneficia o PT. Por isso o PT é contra.
Publicado porEditor Implicante
Publicado em 11 de outubro de 2016
Que o PT e todos os demais partidos põem seus interesses acima dos interesses do pais, só os dawn não sabem, mas tudo que li sobre a lei do teto dos gasto citava como autor o SMA zé serra, da onde sacou isso?
Que Alckmin não ai pra lugar nenhum, que Doria se fudeu com a ração pra pobre, donde esqueceu que a dignidade humana não permite que a sua loucura fosse vista como uma coisa normal, nisso tudo você tem razão, Fernandinho. Mas quanto a Bolsonaro ser uma aventura, acho que você está menosprezando o fato de que o Brasil já percebeu o que de fato é a esquerda e está acordando, além do fato de que é o candidato mais coerente e sem rabo preso.
Quanto aos candidatos de esquerda, a postagem deixou um vazio. Vai continuar dizendo que Lula TRF4 vai ser candidato? Ou vai fazer como Paulo Henrique Amorim e apoiar Ciro5%?
Se dê ao trabalho de ouvir tudo que sai da boca do bolsonaro, por exemplo, assistindo videos no youtube