Maia posa de Primeiro Ministro e quer mudar ministério de Temer

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Em várias declarações a colunistas e, especialmente, na entrevista que deu a Josias de Souza, do UOL, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, assumiu a condição prática de Primeiro-Ministro e “sugere” a recomposição do ministério de Michel Temer.

Isso, na prática, quer dizer mudar ou os controles da economia (Fazenda e Planejamento e Secretaria Geral, por conta das privatizações) e da distribuição de cargos públicos (Casa Civil e Articulação Política), embora complementadas com uma movimentação nos “ministrecos” de outras pastas, que não têm um tostão para projetos importantes, mas superintendências nos estados para compor o processo  de eleição de deputados.

Fica claro a quem, portanto, os novos ministros deverão fidelidade.

Nada, porém, deve ter irritado mais Temer do que a declaração de que é graças à “responsabilidade” de Maia que ele continua no Governo, atribuindo a si o comando de uma operação “não-desembarque” do DEM e dos tucanos. E mais, dizendo que se, em seu lugar, estivesse ainda Eduardo Cunha, “pode ser” que o atual presidente tivesse caído.

Conhecendo Temer, não é gratidão o que Maia procura com isso.

Quem viu a capa do boletim oficioso do Planalto, a Istoé, com “A sabotagem de Maia” sabe que o desconforto do atual presidente não é meramente urinário.

Maia reivindica quase abertamente o “comando” do Governo diante do mercado e seu “bezerro de ouro”, a reforma da previdência:

Convidado a dizer quais são as chances de aprovação da reforma da Previdência numa escala de zero a dez, Rodrigo Maia soou realista: “Se falasse hoje, eu ia dizer três, dois. Muito baixo.” Em seguida, atribuiu a Temer a responsabilidade pela resolução da encrenca: “Acho que, nos próximos dias, o presidente Michel, pela experiência que tem, vai pensar essa recomposição da base [legislativa do governo].” Se Temer for bem sucedido, a chance de aprovação da reforma, ainda que em versão lipoaspirada, sobe para “5 ou 6”. Quer dizer: se tudo der certo, ainda serão grandes as chances de a mudança nas regras da Previdência dar errado”.

A Praça dos Três Poderes virou um Butantã, onde a peçonha escorre em bicas.

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7 respostas

  1. DEPUTADO PAULO PIMENTA COBRA ESCLARECIMENTOS DE MORO SOBRE CASO TACLA DURAN

    Em vídeo, deputado Paulo Pimenta (PT-RS) lembra do extrato da Receita Federal, relativo ao Imposto de Renda pago pelo ex-advogado da Odebrecht Rodrigo Tacla Duran, que “demonstra que existem pagamentos em nome de Rosângela Moro”, esposa do juiz; “Há pelo menos dois anos e meio a Lava Jato sabe disso. Poderia Moro ter julgado Tacla Duran ou questões envolvendo a Odebrecht na medida em que o advogado pagou a sua mulher? Que a sua esposa, como advogada, recebeu de Tacla Duran, do doleiro foragido?”, questiona o deputado; assista
    26 DE OUTUBRO DE 2017
    https://pt-br.facebook.com/deputadofederal/videos/1699213210171628/

    ACIMA

    LAVA JATO REJEITOU DELAÇÃO DE TACLA DURAN POR CITAR MORO
    Juiz Sérgio Moro no centro de um dos maiores escândalos da história do Poder Judiciário brasileiro.
    Lava Jato rejeitou delação que entregava cabeça de Sérgio Moro. Documentos mostram relação de Rosângela Moro com escritório de advocacia acusado de vender facilidades na Lava Jato.

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