Aliviado, por um lado, pelo “não brinco mais” de Luciano Huck, a vida de Geraldo Alckmin está longe de ser um mar de flores.
Sem Huck, aumenta o apetite de João Doria Junior e talvez já não baste dar-lhe o lugar de candidato a governador de São Paulo, se forem mesmo verdadeiras as especulações de que Michel Temer pretende lhe dar a vaga de candidato do PMDB à presidência, abrindo espaço para Paulo “Pato” Skaf ser candidato ao governo paulista.
Por mais que Temer esteja reduzido a piada de carro alegórico, a estrutura nacional do seu partido e a força da máquina federal têm potencial numa eleição onde, sem Lula, 15% já tornam um candidato quase “favorito”.
A violência judicial sofrida por Lula nos lançou a esta vergonha pré-eleitoral, onde estamos dependendo do grau de oportunismo, conchavos e aventureirismo de “candidatos de si mesmos”.
Será que acham que, nesse “nanismo geral” um candidato apoiado por Lula não vai crescer e ameaçá-los?
Só se forem ingênuos para achar, como Huck achou, que os interesses, a bajulação e o temor reverencial de nossa grande mídia vão blindá-los de tudo.
Não vão, até porque existe esquerda no Brasil que não vai tornar ciclovia o cerne do debate.
