De tudo pode-se chamar Gilmar Mendes, mas não de bobo.
Juridicamente, claro, nada tem a temer, até porque suas afirmações foram vagas e não se pode apontar crime no que disse.
Politicamente, claro, suas relações com comandantes militares, por algum tempo, não serão travadas em público, até mesmo para proteger os fardados que se preocupam, com toda a razão, com os estragos que estão sendo feitos na imagem das Forças Armadas.
Mas colou, como um estigma, na testa da camada de generais que se associou, desde antes das eleições, ao megalômano projeto de fazer de Jair Bolsonaro o cavalo de Tróia de uma reocupação do poder pelos militares, algo impossível no cenário geopolítico do mundo, hoje.
José Casado, em O Globo, descreve bem o delírio desastroso:
Um dia, talvez, seja resgatada a memória das conversas e a extensão do respaldo do comando do Exército ao candidato. Sabe-se que nem tudo obedeceu ao protocolo, mas há reconhecimento da eterna gratidão do beneficiário em discurso: “Obrigado, comandante (Eduardo) Villas Bôas. O que nós já conversamos morrerá entre nós. O senhor é um dos responsáveis por (eu) estar aqui.”
O generalato sabe o que fez nas quatro estações eleitorais de 2018 ao abstrair o passado do ex-capitão, preso e processado por anarquia pelo Exército 33 anos antes, por um plano de bombas na Vila Militar, no Rio.
O projeto era reescrever o passado, a história do regime militar de 1964, numa nova hegemonia fardada, com aumento do orçamento total (de 1,5% para 2% do PIB). Permitiu-se a Bolsonaro enquadrar o governo numa moldura militarista e transformar as Forças Armadas em peças do seu jogo predileto, a confusão institucional. É eloquente a imagem do comício no portão do Forte Apache, com o presidente incitando aliados que pediam o fechamento do Congresso e do Supremo.
A suposta pressão dos militares da ativa para que o general Eduardo Pazuello continue como Ministro da Saúde, com todo o respeito, equivale àquela história de tirar o sofá – no caso, a farda – da sala para “moralizar” o namoro adolescente.
O Exército poderia estar recebendo o reconhecimento positivo por suas ações no combate à pandemia – que existem, embora não tenham feito questão de se mostrar ostensivamente, ao contrário do que acontece nas operações de segurança pública.
Não o quis, mas se expôs, ostensivamente, com uma tropa de militares dentro do Ministério da Saúde e na produção da “bolsoquina” do Jair.
Quem ofendeu o Exército brasileiro não foi Gilmar Mendes, como se vê, mas os generais que o negociaram como força política com Bolsonaro.
Não reclamem se acabaram por colocados no mesmo saco.
27 respostas
Imagem das Forças Armadas é destruída diariamente pelas próprias Forças Armadas, pelos generalecos que gostaram de voltar ao protagonismo de um palco que não é seu nem por direito nem por dever e nem por pelo menos precaução, e isso com a conveniência, a ignorância e a covardia de sempre de seus comandados, e não vejo exceções a essa realidade.
Jamais esquecer o papel deste pulha…
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Geração perdida esta dos atuais generais, foi como aqueles cachorro que corre atrás de carro, quando pega não sabe por que correu. Aí fica compará de tacho.
Quando generais de abaixam em apoiar uma pessoa que foi expulsa da força, e nunca mostrou nada que a abonasse, não há o que reclamar. “Guenta” o tranco que a burrada foi feita com força…
UM CALCULO que poucos tem feito
..o embate entre GILMAR e Exercito pode agravar a situação de LULA que, a cada dia, vê a analise da suspeição de Moro ser jogada mais pra frente (em tempo – Celso de Melo se aposenta em setembro e TOFFOLI continua ciceroneado por generais)
Aliás, VILAS BOAS, o golpista e TRAIDOR, escreveu um artigo no Estadão que poucos deram atenção ..lá ele reclama que o BRASIL nunca teve um projeto Nacional a partir da década de 80 ..ou seja, pro milico, só valeu o tempo dos militares, depois, com a democracia e a Constituição é que o país deu errado.
Pior que o canastrão se esqueceu das inúmeras iniciativas exitosas, principalmente no governo de LULA por exemplo, ele que traçava de forma clara, como seria a inserção do país no cenário internacional, sendo inclusive reconhecido como um player mundal, um BRIC e uma POTENCIA regional, tudo a ponto dos EUA virem aqui e, junto com o as forças armadas DO BRASIL, acabarem com a festa pela independência e darem o GOLPE em Dilma.
É isso aí! Mata a cobra e mostra o pau.
No fundo eu acho que todos queriam é dar um golpe e reviver 1964, porque infelizmente as cabeças não mudaram muito. Mas 2020 não é 1964 e o cavalo de Tróia deles se tornou o “Captain Corona”. Por mais que o primeiro mundo tenha como prioridade roubar nossas riquezas, legitimar uma ditadura dessa turma seria demais, penso eu.
No fundo eu acho que todos queriam é dar um golpe e reviver 1964, porque infelizmente as cabeças não mudaram muito. Mas 2020 não é 1964 e o cavalo de Tróia deles se tornou o “Captain Corona”. Por mais que o primeiro mundo tenha como prioridade roubar nossas riquezas, legitimar uma ditadura dessa turma seria demais, penso eu.
Acho que Lula poderia desmontar a bomba escolhendo os fios certos para cortar. Ele tem habilidades e poder de convencimento. Imagino que se ele fosse ao encontro de alguns generais, não à revista Istoé como foi o Gilmar, mas em diálogo verdadeiro e franco, sem testemunhas, sem ruido de imprensa… Acho que ele desmontaria o artefato explosivo que ameaça quem deseja buscar uma racionalidade democrática e saudável para por o país novamente o país nos trilhos. O único problema da minha teoria é que Lula não está colocado como um player do momento atual por estar acossado pelas condenações criminosas que lhe foram impostas.
A posição defensiva em que Lula se encontra não é o único problema nesta ideia de desmonte. Sua força deriva da argumentação, marca de sua ação como líder sindical, mas não há argumentações possíveis frente a um oponente que não considera válido sequer discutir seus argumentos por não considerá-lo interlocutor aceitável. E esta é exatamente a condição de Lula no ideário militar, alguém tão detestável que não vale a pena sequer ser ouvido, quanto mais debater com ele. Sua leitura do personagem é decalcada do preconceito antiesquerdista cego. A doutrina militar brasileira inviabiliza qualquer chance de argumento, até porque eles não têm hábito ou gosto por argumentar e não detém argumentos fortes, mas de força. E são extremamente corporativos, mais que qualquer corporação civil. Qualquer fraqueza na defesa de sua posição costuma custar caro. Na ditadura, não hesitaram em prender, expulsar, torturar e até matar colegas de farda que cometeram o erro de questionar a posição golpista. Duvido que haja algum militar com força suficiente para “desmontar a bomba” que concordasse em ouvir Lula ou atentasse a seus argumentos. Saudações!
Então vamos aprender a bater continência!
Triste verdade. Vamos prestar continência a um bando de incontinentes…
ATENÇÃO – reportagem do DCM dá conta que 491 indígenas morreram por conta do COVID
https://www.diariodocentrodomundo.com.br/e-muito-triste-estamos-morrendo-diz-cacique-xavante-sobre-acao-da-covid-19-entre-indigenas/
Esse numero é alarmante ..Dados dizem que a população indígena no BRASIL esta próxima de 1 milhão de indivíduos (pouco menos) ..isso dá quase 500 mortes por milhão, índice que os coloca entre os 10 povos mais afetados no MUNDO ..enquanto isso o BRASIL, no todo, estamos na 15a colocação de mortes por milhão, com 343 casos p.m.
E PIOR AINDA, as mesmas estatísticas dão conta que 500 mil indígenas vivem nas áreas rurais, elevando o índice – caso as mortes tenham se dado todas nessa área rural – pra pra perto de 1000 mortes por milhão ..sendo então o SEGUNDO POVO mais atingido no mundo, atrás apenas de SAN MARINO
ISSO é ou não um genocídio general ???
https://www.worldometers.info/coronavirus/
Entre atuar em obras púbicas como na Transposição ou no combate ao Corona, as FFAA preferiram abocanhar cargos.
quem acompanha os comentários aos post em diversos sites pode constatar a má imagem que o EB conquistou com sua participação no golpe contra Dilma, no apoio ao candidato Bolsonaro e no suporte a seu governo. Isso ocorre em um movimento crescente. Aquele crítica respeitosa que se via está sendo substituída por declarações pesadas e esculachos. A confiança e o respeito que as FFAA possuíam há bem pouco estão sendo corroídos a olhos vistos. A relação de causa e efeito é óbvia, assim como a previsão de continuidade do desgaste, visto que os generais optaram por aprofundar sua participação no governo, a despeito do erro que isso representa e dos danos à imagem da Instituição.
Olha só o que acabei de ler no perfil de Jessé de Souza sobre o episódio envolvendo Gilmar Mendes, para ilustrar o que comentei. Os comentários a esse post são muito mais pesados. Os generais repetem Ícaro. Pensavam que voariam para o poder associando-se a Bolsonaro. A realidade derreteu o plano.
“Muita lucidez e coragem pública de @gilmarmendes na sua crítica mais do que justa ao exército. A impressão de todos é que o exército está sendo comprado, a preço vil, pelo presidente miliciano. Em breve, não existirá mais fronteira visível entre o exército e a milícia.”
o GENERAL de nome AJAX hj é um dos que comanda, longe dos olhos do povo, o SEQUESTRO do STF ..TOFFOLI, o presidente (mas nem tanto) é a principal vitima deste que assumiu como assessor ..pra quem nunca viu AJAX falar, eis uma gravação dele dos tempos da eleição de 2018 ..reparem como ele brilha, vibra, diante das mentiras proferidas e inventadas por ele..
https://www.youtube.com/watch?v=-wDgPhJeM5g&t=354s
em tempo – outro assessor de TOFFOLI, no governo do BOZO, foi galgado a ministro, responde pelo nome de FERNANDO AZEVEDO e SILVA, atual ministro da defesa
“o comunista é um fascista”
É INACREDITÁVEL!
O desgraçado do Toffolli deve ter uma capivara e tanto para se sujeitar a isso…
O toffolli tem um rabo preso do tamanho de um bonde. O google é que sabe. Vergonha zero.
Não vão ter como pegar o Gilmar com a capivara do Tofolli. Melhor seria que aprendessem política e entrassem em um partido. No Brasil há partidos para todos os gostos.
O militar diz que o PT passou treze anos no poder a elaborar pacientemente a maior recessão econômica da história. A recessão mais bem elaborada da história universal. Precisou de treze longos anos para ser elaborada. Tão elaborada foi, que até hoje, cinco anos depois, não conseguem remédio para ela, e só fazem aprofundá-la. Ele esquece que nestes treze anos, enquanto preparava a maior recessão da história, o PT tirou 50 milhões de brasileiros da pobreza, fez o país chegar a ter o sexto PIB no mundo, reduziu o desemprego a 4,8 por cento e acumulou 374 bilhões de dólares em reserva monetária até 2014, o que ainda hoje faz com que o país não precise da ajuda do FMI, apesar de estar na estagnação e na depressão há cinco longos anos. Ele diz que os militares devem fazer com o PT não volte ao poder em 2018, porque senão os petistas vão procurar se vingar deles. Mas não explica por que o PT precisaria se vingar deles. Não foi o PT que pregou a morte dos adversários políticos com metralhadora na mão.
O militar diz que o PT passou treze anos no poder a elaborar pacientemente “a maior recessão econômica da história”. A recessão mais bem elaborada da história universal. Precisou de treze longos anos para ser elaborada. Tão elaborada foi, que até hoje, cinco anos depois, não conseguem remédio para ela. O remédio que trazem é o Guedes, um corretor de estofo teórico ultrapassado, que vai afundar o país e transformar os empresários que não falirem em monstros verdugos dos trabalhadores. O militar esquece que nestes treze anos, enquanto preparava “a maior recessão da história”, o PT tirou 50 milhões de brasileiros da pobreza, fez o país chegar a ter o sexto PIB no mundo, reduziu o desemprego a 4,8 por cento e acumulou 374 bilhões de dólares em reserva monetária até 2014, o que ainda hoje faz com que o país não precise da ajuda do FMI, apesar de estar na estagnação e na depressão há cinco longos anos. Ele disse que os militares devem fazer com o PT não volte ao poder em 2018, porque senão os petistas vão procurar se vingar deles. Mas não explica por que o PT precisaria se vingar deles. Não foi o PT que pregou a morte dos adversários políticos com metralhadora na mão.
Fico pensando sobre as outras duas armas… Será que apoiam tanto o Bozo? Foram as que mais perderam com o golpe e a eleição dele… E tem a fofoca que o pessoal da Aeronáutica foi quem impediu o Lula de ser “convocado coercitivamente” aquela vez…
Vou repetir aqui o meu recado para esses militares sem noção. Onde já se viu um pai de família, avô e até bisavô se envolver com um miliciano? Os militares já ganham muito bem pelo que não fazem, ganham um ótimo salário, uniforme e outros penduricalhos, será que vale a pena vender a alma? Por ironia ainda nos levam a sustentar suas dependentes, cuja maioria vive “amasiada” para não perder a “boca”. Agora, que deviam agradecer ao gilmau mendes pelo alerta, resolveram dar uma de ofendidos. Não sejam cínicos, não são tão importantes assim, deviam sim é se envergonhar de protegerem esses milicianos, desonrando o seu papel de “guardiãs” do país. Disfarcem e saiam de fininho, estão sendo ridículos.
Traidores do povo e da constituição, vendem é a pátria, a alma não vendem e nem lhes valeria a pena. pois não a têm ou é pequena.
As academias militares foram abertas à propaganda de Bolsonaro desde 2016. FA são Bolsonaro, e este são FA, lamentavelmente. Desejo que o brocardo “a história ama a traição mas abomina os traidores” se cumpra.
a proposito, um sarro de pé de parede dá de 10×0 no sofa…
Só lenbrando que quando o ex ministro Nelson Teich deixou o Ministério da Saúde, em 16 de maio, tinhamos 218.223 casos confirmados, sendo 14.817 mortes; e pelos números de hoje, 15 de julho, temos 1.933.655 casos confirmados e um total de mortes de 74.336.
Assim, temos aí uma diferença de 59.519 mortes, que tem que ser lançada SIM na conta dos militares, pois são eles que estão responsáveis pelo Ministério da Saúde desde então.