Chuçado pelo chefe, o ex-“Posto Ipiranga” Paulo Guedes continua tendo ideias geniais para encontrar dinheiro para o “Renda Brasil”, a Bolsobolsa com que Jair Bolsonaro conta para comprar popularidade.
Agora, última ‘sacada genial” é que os benefícios previdenciários sejam desvinculados do reajuste do salário mínimo e congelados nos próximos dois anos.
É claro e óbvio que pagar aposentadorias abaixo do mínimo não tem sequer condições de ser apresentada ao Congresso: é daqueles absurdos que nem recebidos seriam na Câmara.
Mesmo se fosse mantido o piso de um salário mínimo, dificilmente prosperaria e nem assim, não daria nem para começar a pensar que pudesse sustentar mais que uma parte dos R$ 50 bilhões que custa hoje, mensalmente, o auxílio emergencial ou os R$ 30 bilhões que o tal “Renda” acrescentaria aos custos do Bolsa Familia.
Segundo Alexandro Martello, do G1, o governo conseguiria R$ 17 bilhões, menos até que com a eliminação do abono salarial, o que Bolsonaro vetou sob o argumento de que “não vou tirar do pobre para dar ao paupérrimo”.
Uma medida como essa atinge em cheio os “tiozinhos e tiazinhas” que são um dos principais grupos de apoio a Jair Bolsonaro.
Em condições normais, uma loucura destas não teria a menor chance de prosperar, mas com o desespero de Bolsonaro em conseguir manter sua “Bolsa”, pode acontecer.
Ou, dependendo das reações, ser o ponto final de Guedes, que sairia do Governo como o bode que está colocando na sala.