Inflação segue em alta e vêm mais problemas aí

“Prévia” da inflação de março, o IPCA-15 divulgado agora há pouco – alta de 0,93% – acentua a tendência de alta da inflação, como já se esperava nos meios econômicos.

A taxa acumulada no IPCA-15 em 12 meses foi a 5,6% e, pior, foi-se a esperança de que pudesse ocorrer uma nova redução no preço nos combustíveis, vilões da vez da inflação, porque o dólar disparou (R$ 5,67, enquanto escrevo) e o preço do petróleo parou a sua trajetória de baixa no mercado internacional. É improvável que o general Joaquim Luna, que está por assumir, consiga dar um “cavalo-de-pau” nos preços, ainda mais agora, com a demissão de mais quatro diretores da empresa.

Talvez, porém, ainda algo pior esteja por vir.

É possível que, a partir de abril, passemos à bandeira vermelha nas tarifas de energia elétrica, porque os reservatórios das regiões Sudeste, Centro Oeste e Nordeste ressentem-se da falta das “águas de março”, que só vieram, em pequena escala, no início do mês e não têm perspectiva de acontecerem, nos próximos dias, assim mesmo com alguma chuva na região litorânea, mas não nas regiões das represas. O Nordeste só se salva por conta da geração eólica, que está permitindo “estocar vento” nos reservatórios, que só produziram, ontem, 25% da energia produzida na região, contra mais de 60% gerados por turbinas eólicas.

Mesmo com a queda na atividade econômica levando a um consumo menor, é inevitável um aumento de tarifas, com “dedo” de Bolsonaro e tudo.

A conversa generalizada é sobre uma nova alta na taxa de juros, uma história que, com lembranças recentes, a gente sabe onde vai parar.

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