O assunto da direita, hoje, é o “a briga já está perdida” dito pelo fanfarroníssimo Olavo de Carvalho numa live transmitida no final da noite de ontem (veja abaixo), ao lado de três ex-ministros de Jair Bolsonaro: Ricardo Salles, Abraham Weintraub e o ex-chanceler Ernesto Araújo.
Não é apenas o “método Olavo” de sacudir a árvore para ver o que dela lhe cai, embora esteja evidente que é isso também.
O que importa, aí, é que este grupo, que emprestou a Bolsonaro uma “cobertura ideológica” que camuflava a sua natureza de aventureiro político, o que sempre foi.
Bolsonaro tem um talento: o de saber vestir capas.
Deus, Família, Pátria, Forças Armadas, e até a ideia de organizar a extrema-direita como força ideológica (o que, com suas espertezas, faz Olavo de Carvalho) são apenas ideias que parasita, para nutrir-se e cuidar do que de fato lhe importa: ele e seu núcleo familiar.
Bolsonaro cresce pela destruição e é por isso que, contra o veredito de Olavo, segue perigoso e feroz.
Se tem ou não uma rota de fuga, só o tempo dirá. Mas não antes de praticar a política de terra arrasada e fazer de Berlim um parque de ruínas.