As duas pesquisas eleitorais divulgadas hoje – Poderdata e CNN/Real Time Big Data – dão, basicamente, o mesmo resultado que todas as outras realizadas por meio de ligações automatizadas: oito pontos de vantagem para Lula, no primeiro turno.
Outras, com entrevistas realizadas presencialmente – talvez pelo fato de que o acesso por celular às classes D e E ser mais precário – dão ao ex-presidente vantagem mais folgada, como a de 14 pontos na Genial/Quaest deste mês.
Prestam-se, porém, para sugerir que a saída de João Doria da disputa – ainda que, em alguns cenários, com seu nome sendo oferecido – não produz efeito, o que é ótima notícia para Lula, que poderia ser prejudicado com uma migração dos votos – por afinidade ideológica de direita – para Bolsonaro.
Amanhã – ou sexta, porque a divulgação tem sido cada vez mais “picadinha” – vamos saber um pouco mais obre estes movimentos com a Datafolha, que apresenta cartelas com e sem o nome do ex-governador de São Paulo e pede ao eleitor uma alternativa de voto caso seu escolhido não seja candidato.
Aliás, a Folha pretende também tirar conclusões sobre o “voto útil”, perguntando ao eleitor se escolheu um nome ” porque é o candidato ideal para você ou ele não chega a ser o candidato ideal mas não há opção melhor”, o que é, convenhamos, uma pergunta vaga, pois não ser “ideal” é vago demais.
A única “noticia boa” para Bolsonaro no Datafolha é que ele deve apresentar alguma leve alta em relação à rodada anterior, quando Sergio Moro ainda era candidato.
Fora disso, não há razão para crer que haja alteração no cenário monótono das pesquisas num eleitorado que parece já muito cristalizado.