Claro que pode ser diferente, porque o dom da adivinhação, se alguém tem, não é este blogueiro aqui.
Mas o resultado da pesquisa PoderData divulgado há pouco, apontando o crescimento da diferença entre Lula e Bolsonaro no primeiro turno e, se houver, num segundo, é um mau presságio para o Datafolha que sai amanhã à noite.
É que o Poderdata, como já analisado aqui e em outras análises, por ter as entrevistas feitas por telefonemas e digitação das opções em teclado, costuma apresentar maiores dificuldades de captação da opinião do eleitorado de menor renda e instrução, onde a vantagem de Lula é maior.
Há sinais de que, como se diz quando a diferença entre candidatos costuma aumentar, de que se está abrindo “a boca do jacaré”.
E é bom lembrar que as entrevistas do Datafolha estão sendo feitas hoje e amanhã, sob o impacto da notícia da prisão do pastor do MEC e seus colegas que mercadejavam as verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação.
Mesmo antes disso, porém, já era possível detectar no contato com as pessoas um encolhimento dos bolsonaristas, reduzidos cada vez mais aos seus núcleos fanáticos e sem discurso para responder aos fatos: nem à inflação, nem à violência na Amazônia e, com certeza agora, às prisões do MEC.
Tanto que o que restou ao presidente foi dizer que “se fez alguma coisa, que responda” , sobre o mesmo Milton Ribeiro por quem punha “a cara no fogo”.
Pelo visto, está queimando.
PS.: A pesquisa foi realizada entre os dias 19 a 21 de junho de 2022, através de telefones celulares e fixos. Ouviu 3.000 pessoas em 302 municípios nas 27 estados. Margem de erro de 2 pontos percentuais e intervalo de confiança é de 95%. O registro no TSE é BR-07003/2022.
