A turma do site O Bolsonarista diz que o presidente teria convocado os ministros Fernando Azevedo e Silva (Defesa) e Luiz Eduardo Ramos Baptista Pereira (Secretaria de Governo), o chefe do GSI, Augusto Heleno, além dos comandantes Ilques Barbosa Junior (Marinha), Edson Leal Pujol (Exército)e Antonio Carlos Moretti Bermudez (Aeronáutica) para discutir o que seria a atitude de Lula de “incitar atos de violência contra as instituições”.
É, no mínimo, curioso que um presidente que tem um filho pregando a volta do AI-5 e apoiadores que, hoje ainda, foram às ruas – felizmente gatos pingados – pedir intervenção militar, fechamento do STF e cassação de seus ministros venha falar de incitação à “violência contra as instituições”.
Lula, em primeiro lugar, reconheceu a legitimidade das eleições e apontou 2022 como horizonte da mudança de governo. Ao contrário de Bolsonaro e a “ala pijama” de seus generais, não tem histórico de apoiar golpes para interromper mandatos.
Na referências ao Chile, repudiou atos de violência como os que cegaram jovens e levaram à detenção de mais de mil pessoas.
Lula, gentilmente até, pediu que parassem de mandar Bolsonaro fazer certa coisa, dizendo que palavrões, ensinou-lhe a mãe, não eram para ser ditos.
Mas nem o discurso de hoje, no Sindicato dos Metalúrgicos, mais duro e enfático, poderia ter sido apontado como motivo, já que o Estadão dá conta que a reunião no Alvorada teria sido pela manhã.
Se os generais estiverem realmente querendo localizar que apregoa e incita soluções de força, basta ir nas manifestações da Paulista ou da Praia de Copacabana.
Ou talvez nem precise, é só pedir ao pessoal que está lá, a paisana.