A saída da crise está presa na Bastilha

Estadão e Folha, reproduzidos aí em cima, estampam manchetes que dão corpo àquilo que, ontem, já se havia dito aqui: o pessimismo tomou conta do meio empresarial nas áreas industrial e comercial e deixou o mercado financeiro como único lugar onde há perspectivas de ganhar dinheiro no Brasil. Ou perder, dada a situação de instabilidade que, aqui e lá fora, toma conta da economia.

O que estava ruim, piorou e indica que irá piorar ainda mais, com destaque para o setor de construção civil que, à exceção do emprego doméstico – mais difícil de medir, por conta de sua pulverização – é o que mais emprega no país.

Não há surpresa nem mistério nestes índices: são reflexo óbvio da paralisia que tomou conta do Governo Federal, sobretudo, e dos governos em todos os níveis.

Hoje, dia do aniversário da Queda da Bastilha, não é exagero dizer que as perspectivas econômicas do país estão prisioneiras, tanto quanto o ex-presidente Lula está, numa cela de Curitiba. Não há solução possível para reativar a economia brasileira senão pela recuperação de um clima de normalidade política e cada vez fica mais nítido que o que está encarcerado, para valer, é o desejo do país de voltar aos tempos de crescimento econômico.

O discurso conservador não tem o que prometer senão “ordem” e “lei”, uma espécie de brioches modernos a quem vai faltando o pão.  A tragédia que se vê nas ruas das grandes cidades, com assaltos por toda a parte e um crescente multidão dormindo nas calçadas ajuda a dar alguma adesão de classe média a este primarismo mental.

Bom, bonito e simpático dizer que o país precisa de institucionalidade, mas que institucionalidade é possível numa situação como a que estamos?

O Brasil está sendo dirigido por gente – na economia e nos aparelhos de Estado – que não consegue alcançar a ideia de que ou temos um política inclusiva ou não teremos política alguma que se sustente.

Nada lhes passa à cabeça para resolver seus problemas senão trazer um rottweiler para tomar conta da casa.

 

 

 

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9 respostas

  1. Brito, não é possível que os empresários que apoiaram o golpe (e não são do mercado financeiro) não estejam vendo a merda que fizeram… Passo pelos bares e vejo um monte de mesas vazias (Coca-Cola e Ambev), nas ruas e shoppings lojas e mais lojas fechadas e as abertas estão vazias (Riachuelo, Grupo Pão de Açúcar, entre outros), vou ao Supermercado e poucos caixas e quase ninguém (Guanabara, Carrefour, Extra, entre outros), seria muito bom se fizessem uma reportagem sincera com eles para perguntar se foi bom a “troca” de governo…

  2. Eles são imbecis ou fazem isto de propósito ? Eu acredito na segunda hipótese. O projeto neoliberal não deu certo em nenhum lugar do mundo, com exceção dos noticiários da Globo. É um projeto para colônias, não para nações independentes.

    1. Exato! Não deu certo “para quem”? Para a colônia… para o império deu e da muito certo… Cade a garantia do pré-sal? Puff… já foi… Petrobrás, Construção Civil, Alcântara, MercoSul, BRICS… Marechal Othon… E a cereja, maior lider popular, e mais significativa resistência política INTERNACIONAL, presa…

  3. BRAZILZINHO KOXINHA AFUNDA SOLENEMENTE………
    É ISSO AI, PANELEIROS!
    SORRIAM, COMEMOREM… O MELHOR JÁ PASSOU!

  4. Sem financiamento, sem investimento público e depois das grandes construtoras terem sido dinamitadas pela operação lava jato, o que era de se esperar? Crescimento do setor da construção civil? Recentemente a construtora Camargo Correa entrou em concordata (pré falencia). Em qualquer país do mundo, se punem os corruptos e se preservam as empresas.No Brasil, o estrelismo do partido da policia e da justiça, matou as empresas junto com os corruptos.

    1. Os reais objetivos da FarsaJato sempre foram derrubar a Presidente e entregar a economia brasileira aos Estados Unidos.
      O “método” dos saqueadores é derrubar a árvore (empresa nacional) e arrancar os frutos. Na terra arrasada, só brotará empresas estrangeiras.
      Muitos desavisados confundem “colonizados” com colonos/colonizadores. Acreditam que terão alguma oportunidade além do trabalho precarizado, semi-escravo. Pura ilusão de pobres manipulados pela maior agência de propaganda americana, a Rede Globo de manipulação.

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