Ação sobre empresários fecha toneira da rede bolsonarista

A expedição da mandados de busca e apreensão nas casas de oito dos empresários que sugeriam apoio a um golpe contra o resultado das eleições caso Jair Bolsonaro as perdesse vai mexer com o clima no bolsonarismo.

Não são gente miúda, zés trovão ou terças-livres: Luciano Hang, da Havan, José Isaac Peres, da rede de shopping Multiplan, Ivan Wrobel, da Construtora W3, José Koury, do Barra World Shopping, André Tissot, do Grupo Serra, Meyer Nigri, da Tecnisa, Marco Aurélio Raimundo, da Mormaii, e Afrânio Barreira, da rede de restaurantes Coco Bambu.

Até por isso, mais adiante, as consequências jurídicas – salvo algum evento escabroso que surja – deverão ser pequenas. Politicamente, porém, nem tanto.

Independente do que está sendo encontrado – possivelmente, além de mensagens comprometedoras, dinheiro transferido para financiar as redes pró-bolsonaro – o efeito imediato é o de fecharem-se as torneiras de recursos que alimentam o exército de robôs colocado a serviço do atual presidente.

Brincar de bolsominion pode ser bom, mas não quando ameaça abrir outros segredos de seu dinheiro.

E há gente envolvida que, financiadora ou não destes esquemas, que vai sair de fininho, porque sabe que o marisco é quem sofre na briga do mar com o rochedo.

Até porque boa parte destes dutos invisíveis até agora foram construídos com a intervenção direta da família presidencial.

A reação, é provável, ficará por conta do próprio presidente da República e da figura histriônica de Luciano Hang, que vai à frente em suas ameaças de deixar o país que o enriqueceu.

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