Armados para matar

É possível fazer muitas críticas as UPPs – Unidades de Policia Pacificadora – no Rio de Janeiro, principalmente porque não significaram senão uma presença repressora do Estado.

Mas duas notícias no jornal Extra, hoje, mostra que outra presença opressora está se espalhando.

As oito comunidades onde se fecharam as UPP mais que dobraram o número de mortes em ações policiais , como você vê no gráfico acima.

Em outra reportagem, o mesmo jornal mostra que “Milícia faz rondas com metralhadora .30 e já cobra taxa a moradores de favelas invadidas” na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

A matéria é devidamente ilustrada com o “caveirinha” miliciano, que reproduzo abaixo.

Ontem, em O Globo, já se mostrava que, com o “liberou geral” de Bolsonaro, particulares já compram mais munição que as forças de segurança.

Jair Bolsonaro e Wilson Witzel podem estar às turras por conta dos apetites eleitorais de ambos, mas neste quesito, são unha e carne.

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10 respostas

  1. Enquanto esteve atrelada ao Pronasci, a instalação de UPPs foi um bom projeto. Instalava-se junto com a presença do estado e de serviços, como Correios e banco. Mas houve uma inadequada aceleração do número de unidades e depois jogaram a água suja com a criança dentro.

    1. temos uma tend~encia quase patológica a desvirtuar as coisas. sempre dá errado, mas insistem

  2. O gráfico diz tudo. E quando voltar a democracia plena, vai ser preciso instituir um alentado curso de reeducação policial para todos os policiais militares do país, com ênfase nas matérias de conhecimentos gerais, psicologia e responsabilidade social.

    1. tem que desmilitazar a polícia, além de redirecionar o treinamento pra proteção e não repressão, como vc diz

    2. O Brasil é um caso perdido, meu caro. Somente um grande trauma pode dar um restart no nosso povo. Não será um curso de direitos humanos que apagará décadas de aprendizado prático.

    3. Para alguns fodões, porém, policiais não precisam de nada disso, porque são apenas extensões naturais dos antigos jagunços de coronéis… ah, que saudades dos velhos tempos!

    4. Não consigo ter otimismo. Não creio que um dia teremos algo nem remotamente parecido com democracia, quiçá “plena”. Estão matando não só as pessoas, mas as possibilidades das pessoas, as condições para o desenvolvimento, é como a Grande Sacanagem da colonização: mata o presente e o futuro dos povos.

    5. O curso vai ser assim. Um civil chega na frente dos militares diz q se fizer o q nao deve vai ser expulso. Expulso nao vai poder trabalhar em segurança e se fizer merda como cometer um crime vai cumprir pena com criminoso comum.

  3. A UPP foi a melhor proposta de segurança até agora, e teve sua origem nas propostas de Luiz Eduardo Soares quando trabalhou no governo Garotinho.
    Até a comunidade de Tavares Bastos passou 10 anos sem ter nenhum homicídio quando o Bope estabeleceu sua base lá. Duas gerações de crianças não conviveram com tiros e posterior corpos espalhados pelo chão.

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