Bolsonaro voltou a disparar suas baterias sobre Moro, agora atingindo o pupilo do ex-juiz, Deltan Dallagnol.
Em vídeo publicado no Twitter, ele acusa o ex-procurador da Lava Jato de tê-lo procurado para pedir que o nomeasse Procurador Geral da República em 2019 e de planejar uma campnah de desmoralização, caso este não concordasse.
Bolsonaro diz que, por saber da “armação”, recusou-se a conversar com Dallagnol que era “cotado nas redes sociais” para ser o PGR, assim como Moro era para o STF:
— Eu não ia indicá-lo para a PGR, mas ele ia sair com uma história pronta, como eles faziam com alguns depoimentos por ocasião da Lava Jato. Escreviam o depoimento e chamavam o cara para assinar. E ia falar o quê? Que eu teria feito uma proposta indecorosa para ele, para salvar um amigo, um parente. Então, como ele não aceitou, o Deltan Dallagnol ia me acusar do quê? De parcial!
Os últimos dias estão mostrando que Bolsonaro está interessado em “matar” no nascedouro a candidatura de Moro. E o caminho para isso, como faz no vídeo, é voltar a dirigir-se aos “bolsonaristas-raiz”, pedindo que partam para cima do ex-juiz, aumentando progressivamente o calibre dos petardos.
E “levantando a bola” de outras acusações, que ele próprio não está disposto a “bancar” pessoalmente, como as do vídeo que ele menciona, dedicado a apontar ligações entre Moro, Álvaro Dias e Alberto Youssef, o superdelator da Lava Jato.