O país virou uma bagunça, a dar razão à máxima popular de que “casa onde falta o pão, todo mundo briga e ninguém tem razão”.
Quem é capaz de apontar algum setor da vida brasileira – exceto o da especulação financeira – que esteja funcionando com normalidade e onde haja avanços?
Dispensemo-nos da falar do óbvio: a saúde mas onde não estamos parados? Educação? Investimentos? Ampliação de negócios de produção ou comércio? Exceto por alguns centros de logística, em razão do crescimento relativo das compras remotas sobre as presenciais, nada. Infraestrutura?
O país tem um lockdown sem o lockdown necessário, aquele capaz de parar as aglomerações no transporte públicos – que, por oposição às “aglomerações fúteis”, seriam as “úteis” – e deter a curva ascendente (quase uma vertical) de contaminações e de mortes.
Do governo central, temos apenas três tipos de atitudes: a omissão, a ineficiência e a sabotagem.
Na prática, o eixo de poder decisório do Brasil deslocou-se para os governos estaduais e até para as prefeituras das metrópoles que, às tontas, abrem, fecham, deixam pela metade o funcionamento de comércio e serviços, de forma insuficiente e desarticulada.
O país, em meio a uma guerra sanitária, embora tenha generais de sobra (ainda que de baixa qualidade e senso cívico), sem comandante.
Ou melhor, tem um tiranete estúpido, teimoso, megalomaníaco e desprovido de qualquer solidariedade humana. Qualquer semelhança a figuras na História não será, decerto, mera coincidência.