Bolsonaro escolhe entrar na turbulência

O que fará Jair Bolsonaro depois da reunião de terça-feira, quando, segundo suas palavras, “tentará entender”  a razão do anunciado e “desanunciado” reajuste de 5,7%?

Fazendo a intervenção tardia e espalhafatosa que fez na desastrosa política de preços inaugurada por Pedro Parente, com Michel Temer, após o golpe de 2016, Bolsonaro conseguiu fazer de si mesmo refém de seu gesto.

Recuando de seu veto ao aumento, mesmo com índices menores, jogará gasolina na insatisfação dos caminhoneiros, até porque deu a eles, sexta-feira, a sensação de terem todo o poder, inclusive o de obrigar o Presidente a revogar uma decisão já tornada pública pela maior empresa estatal do país.

Não é difícil adivinhar para o que se caminhará a partir daí. A tabela de fretes, empacada até hoje, é sua próxima pauta.

Se mantiver o veto, desmoralizará a ala “mercadista” do Governo, mostrando que Paulo Guedes está redondamente enganado ao dizer que “uma conversa resolve tudo”.

Antes, talvez, Ministro, e nem sempre. Depois de tomadas as decisões, desmoraliza todos os que forma desautorizados, inclusive o ministro de Economia, desta vez explicitamente, não de forma indireta, como da defesa tíbia que faz de reforma da Previdência.

Ao dar uma carta-branca a Guedes e seu grupo, como fez desde a campanha, Jair Bolsonaro renunciou ao poder arbitral do Presidente na área econômica.

Retomá-la, agora, vai lhe cobrar um imenso custo. Pior, vai criar – e já está – tremores na economia. Principalmente se ultrapassar o limite de Guedes em ser a “tchuchuca” do “Mito”.

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8 respostas

  1. estou optando rir disso tudo
    eu só queria entender como alguém nesse mundo achou que esse traste e sua equipe (aff) seria capaz de governar o Brasil – é o mesmo que achar que aquele entregador de lavanderia em sua bike, seria capaz de pilotar um avião supersônico

  2. O bozoasno acreditou ser fácil comandar a nação como comanda os milicos.
    Já mostrou todo o chorume que é capaz de produzir agora pode sumir que não nos fará falta. Como bem escreveu um certo compositor:
    “Adeus também foi feito pra se dizer:
    Bye bye, so long, farewell”…

  3. Como já comentei em outros blogs, não há como o capitão Bozo fugir da turbulência. Ou
    ele governa para o deus-mercado, ou para os caminhoneiros.
    O deus-mercado quer que o preço dos combustíveis suba feito um foguete, para agradar os grandes acionistas da Petrobras.
    Os
    caminhoneiros PRECISAM de um preço mais baixo dos combustíveis, senão
    terão que pagar para trabalhar. E, cá entre nós, o povo brasileiro
    também PRECISA de combustível mais barato, ou a inflação dos alimentos
    irá disparar.
    Os caminhoneiros já mostraram que têm a capacidade de organizar uma greve geral por tempo indeterminado.
    E agora, Bozo? Você vai governar para o deus-mercado ou para o povo brasileiro? A decisão tem que ser rápida. Não dá pra adiar.

  4. Na reunião de terça, se o Bozo perguntar ao presidente da Petrobas porque está vendendo partes da empresa, o mercado desaba mais alguns bilhões. Estou torcendo para que isso aconteça. Pega fogo, cabaré!

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