Bolsonaro nos EUA: é dando que não se recebe

Alguém sabe fazer uma lista do que o Brasil pretende obter com a visita de Jair Bolsonaro aos Estados Unidos?

Sabemos só que vamos fazer concessões: a Base Aeroespacial de Alcântara entregue, quase como um enclave, aos norte-americanos, o fim da exigência de vistos para que seus cidadãos entrem no país, enquanto os nossos têm de cumprir o rito de provar que não querem fugir para lá…

Ah, sim, vamos combinar novas formas de favorecer os interesses petroleiros dos norte-americanos na Venezuela – quem quiser colocar democracia na história, lembre da Arábia Saudita e do jornalista dissolvido em ácido – e como perder exportações para os países áreabes apoiando a transferência de nossa embaixada em Israel para Jerusalém.

Além do mais, no quesito Venezuela, não temos competir em sabujice com a Colômbia, com um exército do tamanho – e mais treinado – do nosso e muito mais próxima de servir como trampolim para uma ação militar sobre Caracas.

De compra de aviões da Embraer pelos Estados Unidos, um de seus maiores mercados, nem precisamos tratar: a Embraer agora é da Boeing e vai levar para lá parte de suas linnhas de montagem de jatos comerciais.

Talvez recebamos o galardão de “aliado preferencial dos EUA fora da Otan”, recebendo o “direito” de receber sobras de material bélico norte-americano, tal como nos últimos anos entraram na lista o Afeganistão e a Tunísia.

Convenhamos, bem poucas vantagens para quem pretende ser o “queridinho” do Tio Sam abaixo da linha do equador, que de igual só tem mesmo a origem do latim aequus (igual).

Ah, sim, o presidente comemora, nas redes sociais, ficar hospedado na Blair House, 0800,  sem custos.

Saímos bem barato, duas ou três diárias de hotel.

Para compensar, o jantar com Trump não vai sair barato.

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