Tão perdido quanto seu Ministro da Economia, Paulo Guedes, Jair Bolsonaro declarou, hoje cedo, que “tem vontade” de vender a Petrobras.
“Eu tenho vontade, já tenho vontade de privatizar a Petrobras, tenho vontade. Vou ver com a equipe econômica o que a gente pode fazer, porque o que acontece: eu não posso, não é controlar, eu não posso melhor direcionar o preço do combustível, mas quando aumenta a culpa é minha. Aumenta o gás de cozinha e a culpa é minha, apesar de ter zerado o imposto federal, coisa que não acontece por parte de muitos governadores”
Como é? Privatizar o maior patrimônio empresarial do país porque não quer “ficar” com a culpa dos reajustes de preço? Como os preços iriam aumentar mais se a direção da empresa fosse exclusivamente privada – que não tem porquê apertar os seus custos – o “problema” é só de popularidade e, neste caso, o presidente se livraria dele pelo fato de que a empresa seria privada.
É o tipo de argumento politicamente vazio, que não resiste, num confronto eleitoral a um demolidor “quem não tem competência não se estabelece” e que deixe, então, que o assunto seja tratado por quem quiser administrar o equilíbrio entre preços justos para os combustíveis e competitivos para a Petrobras, que fez isso durante anos.
Não creio, porém, que Jair Bolsonaro ouse propor ao Congresso – depende de lei – a privatização de nossa petroleira, como quem põe o carro à venda porque não sabe dirigir.
Ela vai ser recuperada como uma ferramenta da retomada de nosso processo de desenvolvimento.