Coaf, que saiu da Fazenda para Moro, agora tem a PF no controle?

A nomeação da delegada Érika Marena para o Conselho de Controle de Atividades Financeiras é sinal de que o órgão, antes uma instituição fazendária, caminha para tornar-se um apêndice da Polícia Federal.

O Coaf é a única instituição que não depende de ordem judicial para quebrar o sigilo bancário, recebendo automaticamente relatórios de movimentações bancárias superiores a R$ 5 mil ou que, por qualquer outra característica, possa ser considerada suspeita.

Pode, portanto, fazer investigações preliminares e, se houver motivo, informar o Ministério Público.

Agora, porém, há o fundado receio de que passe a ser uma dependência a ser, até informalmente, acionada pela Polícia sempre que desejar.

A Dra. Erika tem histórias, e muitas, além de ser personagem  cinematográfica em A Lei é para todos e O Mecanismo.

Foi a responsável pela Operação Ouvidos Moucos, a que levou à prisão e ao suicídio o reitor da Universidade Federal de Santa Catarina, Luiz Carlos Cancellier, por acusações que, depois de morto o acusado, mostraram-se infundadas.

Processou e conseguiu manter sob censura o repórter Marcelo Auler.  Um dos processos que moveu  foi  por este ter reproduzido o comentário de outro delegado de que Marena entendia “vazamentos”  como forma de “ajudar investigações”.

Há quem acredite que a nomeação de Marena para o Coaf seja uma “indenização por dano moral” ao ex-juiz e ministro da Justiça Sérgio Moro pela humilhação pública no caso da “desnomeação” de uma conselheira suplente na área de Segurança Pública.

Pendurado  nas movimentações financeiras registradas pelo Conselho como está o “Filho 01”- as dele e as de Fabrício Queiroz – não há dúvidas de que o Coaf é um problema.

Ou uma solução.

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8 respostas

  1. Se não derrubarmos essa bandidagem toda e enfiar o pé no rabo da farda imunda seremos amordaçados ou exterminados,nos falta só um pouco da coragem das mulheres,quem sabe um chá de calcinhas resolva.As vezes tenho vergonha do saco que carrego entre as pernas.

    1. Concordo, a bandidagem oficial, civil e militar (incluídas as PMs estaduais), talvez tenham sido a pior herança que o Regime de 64 e sua ditadura civil militar nos deixou. Depois que caíram as duas ditaduras ibéricas suas forças policiais foram totalmente reformuladas para a nova realidade democrática Nossa transição quase não tocou nesses dois cancros sociais.Passaram incólumes e intocadas.E talvez tenham até piorado como é o caso do “podrer” judiciário.

  2. A isto chama-se de controle. Controle de tudo, controle das informações vitais do país por um grupo que agora tem também dinheiro, muito dinheiro.

  3. as operações da lava jato não tiveram escrúpulos em praticarem exceções ao direito vigente, culpando a “excepcionalidade” da corrupção em nosso país, com o corte de 2003 em diante. Este é mais um passo na direção do exercício do direito penal do inimigo. Na consolidação de um estado fascista.

  4. Acho que alguém se esqueceu de um pequeno detalhe de R$2,5 bilhões num fundo de uma ” fundação”…E a turminha de Curitiba….se acumpliciando nos órgãos de fiscalização…Não é o COAF quem fiscaliza movimentações financeiras? Por acaso o dinheiro da tal ” fundação” não levará um selo de ” legalidade” sem previsão em Lei Nacional….

    https://www.brasil247.com/pt/247/brasilia/386305/Moro-nomeia-Érika-Marena-para-o-Coaf.htm

    Só tem bestinha…

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