Covenção de Trump é de ‘terror anticomunista’

Joe Biden é um socialista, como sua companheira de chapa, Kamala Harris.

Obama é comunista.

O vírus da pandemia foi produzido pelo Partido Comunista Chinês.

Os democratas vão quebrar os Estados Unidos da América, exportar os empregos para a China e transformar o país num paraíso das drogas, como teriam feito da Califórnia, nas palavras da namorada do filho de Trump, Kimberly Guilfoyle, dando uma de Janaína Paschoal, uma “terra de agulhas de heroína descartadas nos parques.

Aliás, o “Dudu de Lá”, Donald Trump. Jr, foi uma das estrelas da festa, dizendo que tudo ia às mil maravilhas no EUA até que o “vírus chinês” chegasse.

E que “os anarquistas inundaram as ruas” e Joe Biden é “o monstro do Lago Ness deste pântano”.

Os Estados Unidos estão ameaçados pelo caos, no caso de um triunfo democrata.

Tenho lá minhas dúvidas de que esta estratégia funcione para além do que já tem Trump e que é, reconhecidamente, pouco para vencer.

O próprio presidente, na mensagem de abertura da convenção, usou o tom de terror para definir as eleições, dizendo que “eles estão usando a Covid para fraudar o povo americano, todo o nosso povo, de uma eleição justa e livre”

A aposta do trumpismo no ódio é clara e resoluta, mas não parece suficiente para expandir seu eleitorado e, pior, abre defecções em seu próprio partido, assustado com a retórica autoritária.

Do ponto de vista da comunicação, o espetáculo republicano tem estado a anos-luz do produzido pelos Democratas, semana passada. Tudo parecia falso, inclusive a conversa de Trump com “pessoas do povo” que recebeu na Casa Branca.

As pesquisas desta semana – que até agora apontam vantagem, em média, de oito pontos no eleitorado em geral e vantagem mais larga no colégio eleitoral de delegados estaduais que elege o presidente por lá – vão começar a definir o destino de Trump.

Se não reagir e, ao menos, encostar nos índices de Joe Biden, é improvável que consiga uma reversão em cima da hora.

 

 

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