Crise dos caminhoneiros diminui na mídia e segue na estrada

camcont

Nas rodovias, ainda não fez efeito o acordo firmado pelo governo com parte dos líderes do movimento de caminhoneiros que bloqueou o trânsito de cargas no país.

Mas na mídia é possível perceber claramente que as manifestações perderam força…na mídia.

Salvo incidentes, o mais provável é que o movimento vá, por isso, emagrecendo pela falta daquilo que o engordou: o terror do noticiário.

Os bloqueios de estrada, nas imagens, permanecem iguais aos de ontem, mas são descritos como algo que “ainda continua”.

Ainda é a palavra mais usada, aliás, em todo o noticiário.

É possível que, agora, o governo se sinta fortalecido para algum tipo de ação repressiva, algo que não aconteceu, sintomaticamente para um país onde balas de borracha, spray de pimenta e cassetetes são uma rotina.

O nome do que vai ser feito para, em tese, manter o preço do diesel, é destes que dão calafrios ao comentaristas econômicos: subsídio.

Descarado e improvisado.

Como se disse ontem, foi-se muito longe para que o recuo seja rápido.

E mesmo para assegurar que haja recuos, diante de eclosão de conflitos.

 

 

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20 respostas

  1. Já diz o velho ditado: quem muito se abaixa……..mostra os fundilhos. O des-governo do Temer foi fraco para identificar e agir e prender os empresários “líderes” do movimento. Tivesse desbloqueado as estradas com uso de força policial (ou só age assim contra manifestações de trabalhadores e principalmente professores?), a situação absurda de quase completa paralisia do país não teria ocorrido.

  2. Caos. Com escalada em direção a conflito aberto. Esse negócio de libertar o Gênio da Panela parece não ter dado muito certo…

    1. E agora querem aplicar a tática de não mostrar o bicho para ver se o bicho desaparece. Não adianta. Se mostrar, o bicho pega. Se não mostrar, o bicho come.

  3. Será que o fenômeno da falta de ação das polícias, com as costumeiras bombas de efeito moral, balas de borracha e todo seu arsenal de convencimento anti-manifestação vai acabar no dia de hoje?
    A proposta do governo para o término do lockout é uma gambiarra tão mal estudada, que ao aceita-la, esse pessoal do transporte, ao invés de ganhar a queda de braço, sai do mesmo jeito que entrou. A conta do subsídio temporário, é claro, vai ser paga por nós, para que os investidores de wall street continuem lucrando às nossas custas.
    O tal de pedro parente, conforme diria aquele célebre ministro do trabalho, é imexível.

  4. Não vou me estender sobre o Pedro Parente como executivo da Petrobras e sua ideologia, pois sabemos muito bem quem é ele.

    Mas não se pode descartar a hipótese de que ele não tem segurança jurídica para fazer uma política de preços mais amigável, ainda que o quisesse. Talvez por isso tenha peitado Temer, para se proteger e matar dois coelhos com uma só cajadada, posando de “bam bam bam” para o mercado e não se expondo a um possível processo jurídico no futuro.

    O MP (aquele que sempre quer que o governo – qualquer um – sempre tenha uma solução para “vomitar” na hora) está processando Graça Forster, Guido Mantega e Dilma por “gestão temerária” devido à política de preços do passado, simplesmente ignorando que os prejuízos no balanço foram uma série de fatores, até externos (a Petrobras no passado deu muito lucro mesmo com a política de preços do PT).

    Qualquer governo progressista que assumir o Brasil e quiser a Petrobras de volta para os brasileiros, vai ter que se debruçar bem sobre essa questão.

    1. Neste caso, a “Gestão Temerária” dos acusados pelo Ministério Público da Pureza Ideológica na realidade deveria ser chamada de “Insuficiente Pureza Ideológica de Neoliberalismo”. No fundo, no fundo, a acusação é de crime ideológico contra o deus neoliberal, que tem dois enormes chifres e pés de cascos.

      1. E ainda temos que aturar o Janot – sacripanta e aecista – twittar que isso aqui está virando uma Venezuela, tirando o corpo fora de sua responsabilidade por isso.

  5. “Vamos obstruir todos os trabalhos até o país quebrar e a presidente Dilma ficar incapacitada de governar, sem apoio parlamentar. Aí reergueremos o país que nós queremos, independente dos acontecimentos que envolvam o ex-presidente Lula e as ações do Judiciário. Sem o poder Legislativo, nenhum governo se sustenta”. (Aécio Neves, 2014, no 1º dia em que foi ao Senado, após a derrota nas urnas).

  6. A intenção de transformar uma empresa que era o sustentáculo principal do desenvolvimento do país, uma empresa estatal que fazia uma política compensatória de lucro e prejuízo em favor de um equilíbrio econômico que ao fim gerava lucros enormes a seus acionistas minoritários e ao mesmo tempo gerava empregos e progresso em diversas áreas de atividade econômica e social, a intenção de transformar esta gigante em um anão capitalista com um pequeno nicho de atividade destinada a dar lucro a meia dúzia de especuladores tipo George Soros (que quando ouviu o primeiro rufar dos tambores golpistas comprou 5 milhões de ações da Petrobras), esta intenção não levou em conta que era necessário antes matar o Brasil e fundar um outro país com um povo completamente diferente, 100% dominado por uma lógica invertida e uma fonte única de informação distorcida. Um povo com um histórico de fome crônica e sem esperança, sem qualquer lembrança de um tempo de bonança em que podia estudar, podia se alimentar bem e ter esperança. Este novo país deveria se chamar Globolândia Patal.

    1. Se olharmos qualquer empresa petrolífera de grande porte – Exxon, Chevron, Texaco, Conoco Philips, Shell, BP, etc – todas tem uma grande verticalização, que vai da extração, passando pelo refino e chegando à distribuição nos postos.

      Empresa de petróleo não verticalizada é coisa de empresa de pequeno porte para o setor.

      Parente que – como disse PHA – desmantela a Petrobras como quem desfolha uma alcachofra, quer transformá-la numa anã (sentido figurado e literal).

  7. Folha de Pagamento – Setor de Transportes

    Representantes do locaute – leia-se empresários – conseguirão o que querem (não é diminuição do preço do Diesel): impedir a reoneração da folha de pagamento do setor de transportes.

  8. a proposta do governo dá com uma mão e tira com outra. Onde fica o tal “mandamento” da responsabilidade fiscal? Como retirar mais recursos congelados dos programas sociais abrindo mão de PIS COFINS?

    1. As ideias do (des)governo temerário não correspondem aos fatos. É um museu de grandes novidades (com licença poética).

  9. A grande mídia fala tanto de fake news e, no entanto, espalha, mais uma das tantas vezes, uma notícia falsa plantada por esse governo ilegítimo. Vergonha, Globo e companhia!

  10. O que me tira do sério é ler/ouvir comentarios de familiars e amigos salgainhos de frango, reclamndo que o povo nao aguenta mais os altos preços, a educaçao, saude falidos, etc… Poooorr, isso é demais.

    1. Minha avó dizia que a gente precisa pensar muito antes de desejar qualquer coisa. Motivo: muitas vezes consegue o que quer e se ferra pra valer…….Muita gente deseja a tal “livre concorrencia” e o tal “Estado Mínimo”. Daí,quando a tal livre concorrencia vai p/a o brejo o sujeito quer que o Estado fique com a parte do prejuizo (por que todo mundo quer tirar imposto e NINGUÉM fala em tirar dos acionistas que ganharam os tubos na valorização das ações da Petrobras??). Num “Estado mínimo” quem vai bancar todo o custo necessário (infraestrutura, energia, pesquisa, segurança etc..) para a vida economica e social, custo este que não é “rentável” do ponto de vista capitalista? Pois é..
      tem gente que não sabe o que quer.

  11. Falou-se tanto: Deixa Dilma la’. Vamos apoiar o governo, o pais vai retomar a série de 2004 a 2010. Mas nao. Jumentos.

  12. Primeiramente… Lula livre! Segundamente (kkk) #oprésalénosso.
    Só espero que não falte o básico nas cidades e cenas de saque e “desordem” não apareçam na TV. Isso pode levar ao golpe dentro do golpe. Caminhoneiros, desinformados pela mídia, pouco acolhidos pela esquerda, iludidos pelo sonho pequeno burguês da autonomia, são muitos deles bolsonaristas. Cuidado com as consequências.

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