“Declaração de guerra” bolsonarista a Maia é jogo de cena

O líder do Governo na Câmara representa -perdoem o pleonasmo – o governo. E o governo, num sistema presidencialista – perdoem, de novo – é a vontade do Presidente. Como o presidente é – mais perdões – Jair Bolsonaro, é possível dizer que aquilo que diz o líder do governo é o que o Bolsonaro quer.

Assim, a notícia de que “líder do governo diz que vota MPs nesta semana”, publicada por Tales Faria, em seu blog no UOL, pode, sem qualquer exagero, ser interpretada como um ataque de Jair Bolsonaro a autoridade de Rodrigo Maia e ao “centrão”.

Como há absoluta certeza numérica de que não há força para fazer vitorioso este ataque, é obvio que a declaração do insípido líder Major Vitor Hugo se destina apenas impressionar a opinião pública.

O governo Bolsonaro, à toda evidência, começa a montar a estratégia do “eu tentei, mas eles não deixaram” como forma de reduzir os danos de imagem do aprofundamento da crise em que o país se meteu.

Não há possibilidade de se votar nada sem a anuência de Rodrigo Maia, que só volta amanhã à noite de uma viagem aos EUA. Tudo se destina a manter o estado de “excitação permanente” nas falanges.

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