Derrota de May no ‘Brexit’ é a maior da história do parlamento britânico

O plano para reger a saída do Reino Unido da União Europeia elaborado pela Primeira Ministra Theresa May foi derrotado por 432 votos a 202.

230 votos de diferença são a maior derrota de um premier da história do Parlamento britânico, nos últimos 100 anos.

O líder do Partido Trabalhista, Jeremy Corbyn, apresentou uma moção de desconfiança contra May, que será votada amanhã.

O tamanho da derrota do governo torna provável que a moção prospere e novas eleições sejam convocadas, com favoritismo dos trabalhistas.

A derrota de May era esperada, mas não por tamanha diferença, com menos de 30% dos votos dos integrantes da Câmara dos Comuns.

Ela teve o voto contrário de 118 dos deputados de seu Partido Conservador, que tem 316 cadeiras no Parlamento.

Os britânicos já não são “nenhuma Brastemp” na economia mundial, mas a crise vem junto com o resfriamento da economia alemã e chinesa.

O tabuleiro político da Europa se reabre, agora com riscos à direita, que vinha sendo a dona de quase todos os últimos sucessos.

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12 respostas

  1. Boa notícia nesse mar de horrores neoliberalista. Espero q Corbyn consiga mesmo ser eleito, se conseguirem derrubar a madame.
    Melhoras para vc Brito. ????????????

    1. O próprio Brexit, Geert Wilders, LePen, Gianfranco Fini, Vlaams Blok, Pia Kjaersgaard… o discurso xenofóbico traz agregado diversas pautas ultradireitistas.

  2. A única razão porque May ainda está no governo é porque Corbyn tem 85% de chance de ser o próximo Primeiro Ministro. Não tem ninguém interessante no partido Conservador hoje capaz de levar a cadeira, e a não ser que o trapaceiem, Corbyn será o próximo Primeiro Ministro. Se Corbyn ganhar e cumprir com sua plataforma, será uma derrota enorme para a direita européia, e o contra-ataque necessário à austeridade e o neoliberalismo.

  3. Não consigo compartilhar da “alegria” diante do resultado prejudicial aos desejos da direita neofascista. Não que eu seja favorável a ela, claro. Mas o problema está na resposta ao revés. Os modelos fascistas tradicionais da Europa Ocidental começaram justamente quando houve uma real, ainda que pequena, possibilidade dos socialistas assumirem o poder em grandes Estados-Nação em resposta a crises do capitalismo, e a ascensão de Corbyn seria um sinal de perigo aos olhos desta gente. Afinal, fora ele (circunstancialmente), a esquerda europeia está extremamente enfraquecida e não seria páreo para um movimento de pânico orquestrado pela extrema-direita. Ou alguém acha que haveria temor por uma resistência encabeçada por alguém da “geringonça” lusitana ou do PSOE espanhol? Apenas a ascensão do trabalhismo britânico ou do socialismo francês poderia desencadear uma resposta desta monta, mas os franceses estão lambendo suas feridas enquanto a extrema-direita empareda o neoliberalismo. Mesmo a direita moderada de Merckel está enfraquecida, e tanta fraqueza junta atiça os chacais, que costumam cercar os adversários fortes, mas atacam quando estes se enfraquecem. Resta aos ingleses o papel de catalisador, mas talvez não exatamente do que gostaríamos… Torço para estar errado. Quem sobreviver, verá.

  4. Pode ser o reinício de uma retomada do pensamento mais social, mais democrata, mais aceitável aos graves problemas econômicos e sociais das imigrações da África e Ásia, consequência irresponsável das atividades bélicas de Estados Unidos e Inglaterra – vide Iraque e Afganistão e Síria. Há esperança novamente.

  5. “Os britânicos já não são “nenhuma Brastemp” na economia mundial…”
    Os que defendem a política do “privatiza tudo” deveriam prestar atenção nesta frase, consequência da política de Margaret Thatcher

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