Difícil é cavalgar um asno…

A capa do Estadão deste domingo, com as imagens e as histórias das diversões equestres do generais-ministros do governo Bolsonaro, além do gostinho dejà vu de quem viveu a época João Figueiredo, deixam dúvida sobre se aqueles senhores outonais são capazes, no comando do país, de superarem os obstáculos que saltam com suas cavalgaduras.

É que a montaria que usaram para este desafio é antes um asno não um cavalo que, com freio, rédea e espora, acaba obedecendo ao comando do ginete.

Este, teima, empaca, tranca o passo e, se vai, vai devagar, frequentemente para onde ele mesmo quer.

Agora, o nosso asinino, desprezando o comando que lhe tentaram dar, caminha para o caminho sem volta do confronto, com tudo e com todos, exceto com um agrupamento de descerebrados, inclusive um que anda espalhando nas redes que, por todo o país, estão “sacrificando bodes e talvez até gente” em rituais anti-bolsonaro”, para quem pede orações e jejum.

Não tome por inacreditável: a asneira é própria de adoradores do asno.

Melhor seria se os senhores lessem a fábula de Esopo justamente sobre um “condutor de asno”:

Um jovem asno que era conduzido por seu dono, descia por uma estreita trilha na encosta de uma montanha, quando de repente, cismou que daquele ponto em diante deveria escolher seu próprio caminho.

Ocorre que lá do alto ele acabara de ver seu estábulo no sopé da montanha, e segundo seu ponto de vista, a descida mais rápida e sensata seria pelas paredes laterais do precipício.

Decidido, se joga no abismo, quando seu dono o segura pela cauda com toda sua força, tentando puxá-lo de volta para a trilha.

Mas o teimoso animal, decidido a dar continuidade a sua decisão, faz birra e puxa ainda com mais força.

“Muito bem,” exclama o condutor já sem forças, “se essa é a sua vontade, siga seu próprio caminho animal cabeça dura, e descubra por si mesmo, aonde este irá te conduzir…”

Dito isso, soltou sua cauda, e o tolo asno se precipitou montanha abaixo.

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16 respostas

  1. duro é saber que existem muitos asnos que acreditam em todas as mentiras que essa raça divulga

    1. Se vc ouvir o noticiário do meio dia de uma certa rádio de Jacobina, Bahia, verá que o radialista aparentemente pretende engarrafar o flato do Bolso e vender como perfume, tamanha é a sua sabujice

      1. sempre tem os dementes, e essa gente acaba convencendo outras mais dementes ainda

  2. Por favor digam ao pessoal da educação para orientar os estudantes a levarem suas famílias para a manifestação do dia 30. Vamos mostrar ao capitão a força do ‘pessoalzinho’.

  3. Claro como chefe da récua , não me parece um dos mais teimosos . Mas , há alguns da tropa com mais birra e teimosia ou será o adjetivo de si mesmos . Asnos fardados travestidos de paletó e gravada tendem a ser mais teimosos , porém a turma de ” Chicago ” está ultrapassando numa corrida infame de quem entrega mais rápido e pelo menor preço . O resto fica comendo capim .

    1. A turma de Chicago nada tem de asnos. São muito vivos, engambelam asnos e saem com os bolsos cheios de dinheiro.

  4. Triste país em que macacões adoradores públicos de ex-chefes gorilas torturadores, estupradores e assassinos, já mortos de podre ou podres à beira da cova, cavalgam – capitães do mato – sobre um país inteiro em cima de asnos zurrando mito, pisoteando e destruindo seu povo e entregando sua riqueza ao patrão estrangeiro, ao mesmo tempo em que, hipócritas, botando verdinhas – os mais espertos – do bolso pra dentro, cantam hinos vomitando patriotismo da boca pra fora.

  5. Devagar com o andor que o santo é de barro, não é hora de bater em cachorro morto e sim em cachorro grande. O ambiente propício a disseminação de ideias estapafúrdias e de napoleões de hospício não se deve é claro a ação voluntário dos Napoleões de ocasião ou e nem adesão voluntária da opinião pública a esse conjunto de absurdos.
    A mudança no clima só foi conseguida graças ao trabalho incansável, diuturno e durante anos a fio de nossa gloriosa Grande Imprensa, diria única e sem paralelo no mundo, e ao “trabalho” de seus dedicados e bem remunerados âncoras (aqui mais do que simples força de expressão, dada a situação financeira dos principais grupos de comunicação do país).
    Acreditar que essa mudança de clima na opinião pública é espontânea e voluntária, certamente, é desconhecer os caminhos de nossa história. É como, por exemplo, acreditar que a força dos “neopentecostais” no Brasil se deve a simples capacidade de seus líderes em convencer seus crentes batendo de porta em porta ou pregando nas praças centrais do nosso país e de uma grande mudança espontânea na religiosidade do povo brasileiro e não, ao contrário, com as negociações envolvendo concessões de rádio e televisões com bancadas no Congresso para se obter um ano a mais no mandato (Sarney) ou conseguir o direito a ser reeleito (FHC) ou, ainda, a necessidade de combater a relação a uma corrente progressista da igreja católica com partidos e movimentos populares.
    Quem deu mais que asas a estas ideias estapafúrdias e aparição de napoleões de hospício foi a grande imprensa quando ainda nos primeiros meses de março de 2010 a presidente da Associação Nacional de Jornais (ANJ) e executiva do grupo Folha de S.Paulo anunciava que dada a fraqueza dos partidos de oposição era função da Imprensa fazer o papel de oposição política ao Governo (é claro aos governos petistas).
    Há quem diga e defina a imprensa no Brasil como imprensa golpista eu discordo. A maior parte do tempo e da história a Grande Imprensa no Brasil é eminentemente governista. O golpismo é a manifestação de uma doença breve porém aguda devido à total adição e dependência grave da Grande Imprensa ao Governo (pelo menos aos governos de sua “predileção”. Dada a completa ausência na Grande Imprensa brasileira de liberdade, pluralidade e mesmo de fidelidade aos fatos e as informações, insisto, ela é um caso único e sem paralelo no mundo, pelo menos no mundo democrático e só pode ser comparada com a imprensa vigente em países que vivem um regime político ditatorial, de partido único ou não. A FOX consegue ser bastante mais pluralista do que o Globo.
    Foi a grande imprensa em sua função de partido de oposição que cevou e incentivou ideias estapafúrdias e napoleões de hospício a ponto não só de um se candidatar e ela na incapacidade de eleger seus políticos do coração comprar Bolsonaro.
    O problema não é Olavo de Carvalho. O problema é o Globo, A Folha, O Estadão, a Veja que tornaram o antipetismo (o então governo indesejável e indesejado) em profissão e vale tudo. Eu diria que o problema são os Reinaldos Azevedos, as Mirians Leitões, os Neumanes, os Datenas, os … as….Nosso problema não são menos os fascistas e mais os FALSISTAS.

    E cuidado por que os falsistas parece muitas vezes se manifestar no campo de esquerda, no campo progressista. Veja o caso do editor da blogosfera que um pouceo antes das eleições “anunciavam”, como uma grande descoberta “sociológica” Bolsonaro como “o maior fenômeno político popular desde o fim da ditadura” e deram ao miliciano, sua trupe e seus gurus o ar de “movimento” e até mesmo “pensamento” político (bolsonarismo), e antes de ontem “comentav” “em twiter” Bolsonaro como o “Jânio 2.0, como já era óbvio muito antes da eleição.” (isso é o que se pode chamar de memória, para não dizer outra coisa, curta). Ou o caso de patologia clínica da chamada locousfera que cria teorias conspirativa e guerras hibridas sem pé e nem cabeça (as verdadeiras mesmo a loucosfera passa ao largo) que juram amores para uns e se insinuam para outros, e, pior, mentem e se desmentem a cada giro nos FATOS!

  6. O grande problema, como b=m disse um amigo meu, é que a direita abandona Bolsonaro, mas não o programa neoliberal

  7. O asno do Esopo é incomparavelmte mais inteligente que o BOLSOBOSTA.
    O asno daqui tá levando o Brasil à bancarrota.
    PQP !

  8. Sugiro também que além da família os estudantes peçam a amigos e parentes para irem a manifestação do dia 30 com eles para garantir o direito deles estudarem .

  9. Estive assistindo um vídeo de Collor conclamando a população para defender o governo dele. A arrogância é a mesma do capitão. Aquela época Collor já havia passado a mão na caderneta de poupança do povo .E agora o capitão passa a mão no direito de educação do povo e quer ser defendido nas ruas. A diferença é que Collor tinha uma boa oratória, nao falava ‘novaiorquines’ e nem chamou de idiotas aqueles cuja poupança ele confiscou. E o resultado a gente já sabe.

  10. Efeito Bolsonaro à parte, vamos falar dos efeitos dos cortes. A questão versa sobre uma economia combalida onde o Estado abdica da sua função de indutor da atividade econômica, alia isso a uma política de arrocho sobre a massa salarial e a uma politica macroeconômica de restrição da oferta de crédito. O efeito mantém a economia desaquecida causa mais queda na arrecadação e pressão sobre o déficit primário que, aumentando, pressiona a dívida pública, aumenta o saldo e o custo de carregamento dessa dívida. Para tentar manter essa bicicleta rodando o governo usa a única ferramenta que conhece, corte de gastos. Como resultado colhe mais depressão econômica e pedala mais em direção ao abismo em sua corrida contra a morte.

  11. Soube que o capitão voltou a falar – sem mais e nem menos – na transferência da embaixada brasileira para Jerusalém. Somem a essa notícia o fato de ter sido descoberta uma empresa israelense de TI que atuava ilegalmente pelo WhatsApp manipulando os processos eleitorais de todo o mundo com o fato do capitão ter usado um vírus criado pelos israelenses operado pela CIA para fraudar o resultado das eleições. Pois então. Como os israelenses sao os melhores especialistas em TI do mundo , por certo , não existe apenas essa empresa em Israel que presta serviços sujos. Em outras palavras: o capitão pode ter voltado com essa conversa de transferir a embaixada do Brasil para Israel não só para agradar os evangélicos, mas também porque vai precisar do serviço sujo dos israelenses novamente para manipular as convocações para a manifestacao fascista do dia 26. Insisto que disparos no whatsApp a partir de agora sejam monitorados para o caso do capitão se atrever. Tem que monitorar os disparos internos e externos através de robôs porque no caso do Facebook – nos golpes das Primaveras Árabes – os perfis eram falsos e as convocações vinham de fora e em massa. Pergunta que não se cala: pode um presidente da república conspirar contra o regime democratico?

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