Como previsibilidade, lealdade, decoro e discrição são palavras obsoletas em matéria de Justiça, hoje, gloriosamente substituídas por surpresa, armação, espalhafato e holofotes, não é impossível que ainda haja bambus sendo apontados dentro da Procuradoria Geral da República para o “último dia em cartaz” de Rodrigo Janot.
E as atenções se voltam para Geddel Vieira Lima, sem dúvidas o mais encrencado dos “porquinhos” no chiqueiro palaciano descrito na denúncia moldada ontem com a lama trazida por Lúcio Funaro.
Em O Globo, a experiente repórter Cristiane Jungblut diz, entre aspas, que uma fonte palaciana diz que Temer quer votar a denúncia na Câmara antes que Geddel fale”.
“Nos bastidores, o temor no Planalto não é com a última flecha de Janot e sim com uma delação do ex-ministro Geddel Vieira Lima. Por isso, querem enterrar a denúncia “antes que Geddel fale”
Na coluna Painel, da Folha, é recordada uma declaração de Geddel de que não aguentaria “uma semana preso”, antes dos R$ 51 milhões e das digitais.
Será que ninguém o convidou para a única porta que lhe restaria aberta?
Não há tempo para outra denúncia, mas para vazamento, bastam alguns minutos.
Há um cheiro ruim no ar…