Em nome da ‘moralidade’, detona-se a indústria do Brasil

Anuncia-se que a Odebrecht caminha para a “recuperação judicial”.

Em bom português, uma situação de “falência light”.

Com ela, sequer poderá mais se desfazer da Braskem, seu principal ativo, hoje a única produtora nacional de resina de polipropileno, insumo fundamental para a linha branca (refrigeradores, freezers, lavadoras, fogão, micro-ondas).  No polipropileno, o plástico de embalagens e outras múltiplas aplicações, ela tem 80% de um mercado de 1,5 milhão de toneladas é de 79%. Em outro segmento, o PVC – que você conhece nos tubos plásticos – produz metade da oferta brasileira do produto.

Vai à bancarrota e será transferida, mambembe, na bacia das almas.

No total, passam de 100 mil os empregos perdidos no grupo Odebrecht e não se console achando que a família passou, passa ou vai passar algum “perrengue” econômico por seus mal feitos.

Vão continuar ricos, muito ricos, mais ricos do que a nossa pobre imaginação pode avaliar.

Nenhum país no mundo admitiu perder assim uma de suas empresas de maior expressão e significativa projeção no exterior. os austeros alemães não o permitiram com a Siemens, metida em múltiplas irregularidades; os EUA não deixaram a GM quebrar;  a notória Halliburton, a petroleira francesa Total e várias outras foram popupadas, embora seus executivos, em muitos casos, tenham ido parar no xilindró.

Perdeu-se a chance, num Brasil em crise, de forçar a troca de seu controle acionário e o de suas subsidiárias. Não há obra de porte para seu hardcore – a construção pesada – e só um louco submeter-se-ia a assinar contratos vultosos com uma empresa – até pelo nome/sobrenome – tão “queimada”.

Mas a economia braisleira, sua indústria, seus empregos, sua capacidade de gerar renda? Não vêm ao caso, é evidente. Política econômica é não comprar bananas do Equador e vender abacate para a Argentina.

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19 respostas

  1. Próximo assunto a se comentar no botequim: se o “fim da corrupção” (Moro, Boçal Nato, 01, 02, 03 e caterva “impoluta”) ajudou na recuperação da economia e na melhora dos serviços públicos.

  2. Um povo imbecilizado, que odeia suas grandes empresas, não tem o direito de querer empregos. Tem mais é que ralar no Uber a vida toda.

  3. Moro o grande filho da puta que destruiu todas as empreitaras do pais, repito, grane filho da puta.

  4. Próximo assunto a se comentar no botequim: se o “fim da corrupção” (Moro, Boçal Nato, 01, 02, 03 e caterva “impoluta”) ajudou na recuperação da economia e na melhora dos serviços públicos.

  5. Mas foi essa a opção de 53milhões entre desavisados e irreponsáveis!

    É o Brasil orientado pela CIA e operacionalizado por milicianos nos Palácios.

  6. Em Honduras, onde houve um golpe em 2009 contra um presidente constitucionalmente eleito, seguiram-se “presidentes” usurpadores “eleitos” em eleições escandalosamente fraudadas, sempre com o apoio dos EUA. Agora, este ditador, Juan Orlando Hernández, vulgo JOH, baixou decretos privatizando a Educação e a Saúde provocando maciças manifestações populares contrárias. Sua situação ficou tão insustentável que é iminente sua renúncia:

    https://www.youtube.com/watch?v=hfFFpOpO31

      1. Tentei recuperá-lo mas não consegui. Os links da mídia hondurenha estão muito instáveis, talvez pela própria instabilidade geral do país.

    1. A ditadura de Honduras, em seu delírio neoliberal, chegou ao cúmulo de expor à venda três cidades do país, com todas as terras dos municípios, e quem as comprasse poderia fazer uma legislação própria para elas, independente da Constituição do país. O resultado está aí: Dez anos de miséria e terror depois do golpe denunciado pela própria ONU, e colunas de imigrantes hondurenhos famintos, vagando pelas estradas do México em busca de sobreviver nos Estados Unidos, para desespero do Trump.

  7. Quando a GM ia quebrar, o governo americano interveio e manteve a empresa e seus empregos. Por que no Brasil a justi$$a não fez o mesmo?

  8. Relendo O Midas moderno, o Rei do Toque de Ouro (e completo eu) das Orelhas de Asno

    “[A lenda do Rei Midas] é um conto simples, mas, para o mundo, resulta muito difícil compreender todas as lições morais que essa lenda encerra.

    As questões econômicas têm sido tratadas quase sempre de um modo confuso e isso é mais certo agora que em qualquer época anterior. O que ocorreu (…) neste terreno, é tão absurdo que custa crer que os governos estivessem formados por homens adultos e que não viviam em manicômios. [E] para remediar esta louca situação se encontrou um louco remédio. (…) Resultado: depressão, miséria, fome, ruina e toda uma cadeia de desastres.

    Aonde quer que uma minoria adquira poder sobre uma maioria apoia-se para isso em algum tipo de superstição com a qual domina a maioria. Em nossos dias a Finança depende da nossa supersticiosa reverência em relação [à ela]. O cidadão comum fica mudo de espanto quando escuta [os especialistas] falar em aumento ou diminuição das reservas, emissão de dinheiro, inflação, deflação e todo tipo de jargão restante. Sente que qualquer um que fale com suspeitosa facilidade de tais assuntos deve ser muito inteligente e, por essa razão, não se atreve a questioná-los. Esta situação de injustificado respeito por parte do público em geral é exatamente o que necessita a Finança para que a democracia não lhe ate as mãos.

    A Finança possui ainda, muitas outras vantagens em suas relações com a opinião [pública]. Sendo imensamente rica, pode fundar universidades e assegurar que a parte mais influente da opinião acadêmica esteja submetida a ela. À frente da plutocracia, a Finança coloca-se como o chefe natural de todos aqueles cujo pensamento político está dominado pelo medo ao comunismo. Possuidor do poder econômico pode distribuir a prosperidade ou a ruina a nações inteiras conforme lhe convenha.

    Mas duvido que alguma dessas armas resulte mais eficaz sem a ajuda da superstição. É um fato surpreendente que apesar da importância da economia para qualquer homem, mulher ou criança, a matéria quase nunca seja ensinada nas escolas e mesmo nas universidades somente uma minoria estude economia. Além disso, esta minoria não aprende estas questões como as aprenderia se não tivesse interesses políticos em jogo. Existem algumas poucas instituições em que se ensina sem essa finalidade plutocrática, mas são muito poucas; em geral o tema se ensina quase sempre para glória maior do status quo econômico. Imagino que tudo isto deve estar relacionado ao fato de que a superstição e o mistério são eficazes para os que detêm o poder financeiro.

    Nas finanças, como na guerra, quase todos aqueles que têm capacidade técnica tem também propensões contrárias aos interesses da comunidade. Nas conferências de desarmamento os expertos militares são o obstáculo principal para o seu bom êxito. Não que tais homens sejam desonestos, apenas que suas preocupações habituais os impedem de ver em sua justa perspectiva as questões relativas aos armamentos. Exatamente o mesmo ocorre com as finanças.

    Quase ninguém sabe nada sobre elas, exceto aqueles que se dedicam a ganhar dinheiro do sistema atual, e que justamente por isso não podem adotar pontos de vista totalmente imparciais sobre ela. Seria necessário, para resolver essa situação, que as democracias do mundo tomassem consciência da importância das finanças e buscassem a maneira de simplificar seus princípios para que fossem amplamente compreendidos. Temos que admitir isso não é fácil, mas não creio que seja impossível.

    Um dos impedimentos para o êxito da democracia em nossa época é a complexidade do mundo moderno, que torna cada vez mais difícil para o homem e a mulher comum formar uma opinião inteligente sobre questões políticas e mais ainda decidir quem é a pessoa cujo juízo especializado merece maior respeito. O remédio para este mal está em melhorar a educação e encontrar modos mais fáceis de entender e de explicar a estrutura da sociedade que os empregados atualmente. Todo aquele que acredita em uma democracia efetiva deve estar a favor dessa reforma. Mas quiçá talvez não existam mais adeptos da democracia…”

    Fim de citação.

    Essa colagem adaptada de um texto famoso não está tratando do processo conhecido atualmente como financeirização, nem sobre as causas, os efetos e os remédios utilizados para combater as crises financeiras que começam em 2008, tampouco da destruição da economia brasileira com o Golpe de Estado de 2015/16. Mas bem poderia. Este texto foi escrito pelo filósofo e matemático inglês Bretand Russel nos primeiros anos da década de 30 do século passado, tratava da mistificação e da confusão de ideias que começava a tomar conta e a governar o mundo naquele momento em que o fascismo passa de simples movimento político extremista a partido político no poder em muitos países.

    1. “Economês é a linguagem em um estilo supostamente típico dos economistas. É linguajar destinado a não ser entendido senão por um grupo restrito. Em geral, quem demonstra menosprezo pelo saber de outros profissionais se utiliza de um texto excessivamente complicado ou obscuro, repleto de termos técnicos de Economia e Finanças.
      O esnobismo de economistas ortodoxos despreza também seus colegas heterodoxos e pressiona a mídia brasileira para não dar espaço no debate público às suas “sandices”.”
      https://jornalggn.com.br/artigos/economes-panaceia-para-remediar-todos-os-males-por-fernando-nogueira-da-costa/

  9. Desses 100 mil desempregados da Odebrecht, pesquise quantos são fãs de Moro, eleitores de Bolsonaro e assistidores de novelas da Globo? Só lamento pelas crianças nas famílias dessas pessoas desempregadas que acabam sendo impactadas pela situação.

  10. O que Macri fez com a Argentina em apenas 3 anos e meio:

    https://www.pagina12.com.ar/198434-la-industria-cayo-en-abril-el-8-8-por-ciento

    Por isso é incompreensível que o PT esteja defendendo a permanência de Bolsolixo até 2022. Até que ponto de destruição e de perda de direitos devemos suportar porquê o miliciano “venceu” em “eleições” supostamente democráticas? O impedimento ilegal do candidato favorito como ocorreu em 2018 é fato inédito nas eleições republicanas brasileiras e a disseminação criminosa de “fake news” desequilibraram de forma ilegítima o pleito em favor do ex-capitão. Como então falar em eleições democráticas? E o que dizer da “vitória” de um candidato sem programa e que fugiu de todas os debates que foram promovidos no período eleitoral? Foi tudo dentro da normalidade democrática? Agora é assim? E o que este celerado que ocupa o Planalto fez contra o país e contra a nação de Janeiro até agora não conta? FORA BOLSONARO, é o que devemos defender dia 14. Do Mourão cuidaremos depois.

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