Febre amarela: a vacina que falta é organizar e informar

filafebre

É inexplicável a lentidão do Ministério da Saúde em reagir aos surtos de febre amarela que surgem em vários pontos do Brasil.

Os sinais de alerta já vinham surgindo há mais de um ano, tempo mais que suficiente para tomar-se providências contra uma doença que, ao contrário da dengue, tem vacina há muito conhecida e de eficácia comprovada.

Por isso, não é a mesma coisa que as epidemias de dengue que registramos, e mais ainda porque a letalidade da febre amarela é enorme, talvez cem vezes maior que a da dengue, chegando a ser marcada como quase à metade dos casos confirmados, como registra o médico Dráuzio Varela, ele próprio vitima da doença no passado.

Não há, porém, falta de vacina – até porque, fracionada, uma dose se transforma em cinco, eficazes, e é o suficiente para as “vacinações de bloqueio”, em áreas rurais –  porque a doença ainda não foi registrada em sua forma urbana, embora haja risco significativo de vir a ocorrer.

Há falta de organização e de comunicação com a população, que entra num estado de histeria compreensível e, com a desinformação, geram-se as situações absurdas como a da picaretagem registrada na imagem do post. É isso o que está em falta, porque os “malditos” serviços públicos de saúde brasileira têm capacidade de fazer frente à emergência, se tiverem verbas e apoio adequados.
É chocante que um governo que foi à Justiça para conseguir inundar a televisão de comerciais para promover a reforma da Previdência não tenha o mesmo empenho e capacidade em fazer campanhas de esclarecimento e orientação.

O resultado é que os mais pobres se amontoem, madrugando em filas, e os que têm mais recursos façam a festa das clínicas particulares, onde se esgotaram os estoques da vacina em dose única, a R$ 180 por unidade.
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4 respostas

  1. Só tomaram providência quanto os produtos brasileiros forem proibidos por portarem mosquito transmissor de doença, então a FIESP e a globo passam a exigir ação imediata

  2. Vamos ver se os moradores de guainazes e outros bairros médios,pobres e interior de São Paulo toma vergonha na cara dessa vez.

    João Dórian e Gerald Alckmin não vão para as ruas agora caçar mosquito ou vacinar pessoas,por quê?

    Guainazes e outros bairros lascados de São Paulo sufragaram nas urnas Dorian em 2016,nos embalos da Farsa Jato e talvez votem no homem de 15 milhões de reais não declarados a justiça eleitoral Jair Bolsonaro,Luciano Huck o lata Velha ou talvez no Fernando Collor de novo.

    Lamento muito,mas esse desabafo não posso deixar de registrar.

  3. Os coxinhas residentes não tiveram coragem de pintar por aqui aplaudir a “livre iniciativa”?

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