FHC e o "misto de povo"

Fernando Henrique Cardoso, definitivamente, vai entrando para o folclore da política e da sociologia.

Vejam a frase que ele produziu no Estadão de hoje:

“Cabe ao PSDB entender que há coisa nova hoje. Quem está na rua hoje não são os sindicatos ou os trabalhadores, mas um misto de povo não operário e classe média. Basicamente, são eles que o partido representa”, disse ao Estado o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que em março declarou que o PSDB precisava de um “banho de povo”.

Pera lá, o que seria um “povo não operário”? Imagino que os trabalhadores do setor de serviços, que tomou o lugar da indústria como principal força da economia,  faz décadas. 

Mas o ex-presidente diz que não são os trabalhadores.

Então, não entendi nada.

A classe média a gente entende, estudantes a gente entende, mas “povo não operário” que não é trabalhador, essa é nova.

Será que seria um povo não operário, não trabalhador e, portanto, vagabundo, como ele já disse dos aposentados?

Fernando Henrique anda demais de pimpão, comemorando a sua ascendência sobre Aécio Neves, que não é aquele chato do José Serra, que o vivia escondendo.

A entrevista de ontem ao Canal Livre, da Band, foi um mar de auto-elogios.

Ele diz que havia livre debate nacional. Tudo foi muito bem discutido, desde a quebra do monopólio do petróleo até a emenda da reeleição, aquela onde o voto de um deputado valeu R$ 200 mil.

Mas, pensando bem, o ex-presidente podia fazer um favor ao país. Ir lá numa manifestação e dizer ao pessoal que ele e os tucanos os representam.

Saía todo mundo correndo, na hora. E o trânsito voltava a fluir.

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