É provável que ainda hoje seja aberto o inquérito sobre a prática de prevaricação por Jair Bolsonaro no caso das vacinas indianas Covaxin, tão logo a Ministra Rosa Weber – que tem se mostrado rápida em decidir desde o início do caso – agora que a Procuradoria Geral da República decidiu, finalmente, solicitar a apuração dos fatos descritos pelos senadores Randolfe Rodrigues, Fabiano Contarato e Jorge Kajuru, que pretendia “deixar para depois da CPI”.
Não é necessário que seja uma decisão de plenário, pode ser tomada individualmente por Weber, que pode, também, se Augusto Aras (ou quem o suceder) resolver oferecer denúncia, remetê-la ao plenário da Câmara dos Deputados, para que, só por apoio de dois terços dos parlamentares, ou seja, 342 deputados, pode autorizar a abertura de processo contra o presidente da República.
Como se vê, o mesmo quorum necessário para a abertura de um processo de impeachment.
Este número, hoje, ainda é inalcançável e depende de três coisas: o surgimentos de fatos, como tem acontecido nas últimas semanas, que comprometam Bolsonaro, de que seu apoio baixe ainda mais fortemente nas pesquisas e ele deixe de ser um “ativo” eleitoral para deputados de olho em 22 e a pressão das ruas.
É deste último que devemos cuidar agora, fazendo serem ainda mais expressivos os atos como o de amanhã, 3 de julho.
É onde devemos estar.