Jair, sai do cercado e fale na frente do supermercado

Pelo terceiro mês consecutivo a inflação fica acima de 1% em um mês, o que não acontecia desde janeiro a março de 2015, marcando o pior maio desde 1996.

Completamos 8 meses com inflação na casa dos dois dígitos.

E, com uma imensa cara-de-pau, Jair Bolsonaro declarou hoje que “o Brasil foi um dos países que menos subiu o preço das coisas” e que “no Canadá a picanha está muito mais cara”, isso no país que preside, onde milhões estão, quando muito, comendo carcaças e pés de frango.

E se vangloriou de que o corte para churrasco custa aos canadenses o dobro do que se cobra no Brasil.

Claro que Jair “esqueceu” de dizer que o salário mínimo no Canadá é “apenas” dez vezes maior que o brasileiro: de 54 a 63 reais por hora de trabalho, contra R$ 5.50 aqui.

Claro que a inflação, com a guerra na Ucrânia subiu no mundo inteiro, mas isso não resolve os nossos problemas aqui não há nenhuma ação para que os preços dos alimentos que exportamos tenha a proteção de tarifas, para que os preços internos não explodam – do dólar, que andou “manso”, anda rugindo outra vez) e a pressão dos juros externos pode colocar isso a perigo.

Um governante que se porta com este grau de deboches sobre as dificuldades de seu povo não pode reclamar de ser chamado de “Maria Antonieta”: se não tem pão, porque não comem picanha?

Devia ir dizer isso na porta de um supermercado…

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