Kennedy Alencar: Meirelles fracassou. Veja

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Kennedy Alencar, agora à noite no SBT, vai ao ponto – que este Tijolaço já vem batendo há duas semanas – o aumento do déficit na meta fiscal para R$ 159 bilhões está politicamente inviável e há forte possibilidade que ele vá a R$ 170 bi, o que será um desastre para o que resta de credibilidade para Henrique Meirelles:

O vaivém para mudar as metas fiscais deste e do próximo ano deve abalar a credibilidade da equipe econômica. O time capitaneado pelo ministro Henrique Meirelles (Fazenda) vem sinalizando para o mercado desde a quinta-feira passada que as metas ficariam por volta dos R$ 159 bilhões em cada ano _talvez uns quebrados a mais.

Um número maior parecerá improviso e soará como uma derrota para a ala política. O Congresso não garante votar a reforma da Previdência nem um novo refinanciamento de dívidas de empresas que gere R$ 13 bilhões de receita. A Câmara desfigurou a proposta do novo refis feita pela equipe econômica.

Há dúvidas sobre privatizar a Cemig neste ou no próximo ano. E existe oposição à ideia de vender Congonhas, aeroporto que sustenta financeiramente a Infraero. A privatização está sendo pensada para tapar buraco de despesas correntes e não como ação estratégica.

Em resumo, o ajuste fiscal de Henrique Meirelles fracassou. O resultado principal foi aumentar a dívida pública.

O principal problema é que o governo não consegue ter segurança em relação ao tamanho do buraco nas contas públicas. A equipe econômica chegou a fechar um acordo com o presidente Michel Temer para fixar as metas de 2017 e 2018 em pouco mais de R$ 159 bilhões de reais negativos para cada ano.

Mas a ala política diz que não tem como garantir receitas que dependem da aprovação do Congresso e recomenda prever um buraco ainda maior, na casa dos R$ 170 bilhões neste e no próximo ano.

Veja o comentário do repórter no SBT:

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12 respostas

    1. Verdade. Um golpista como o Gaspari, merdal digo merval o sandemberg a miram porção. Mas tem horas q a realidade bate duro na porta e eles não tem como escapar dela. Sob pena de se acabarem profissionalmente. Insistir com a pós verdade os leva a morte. Dilma o deficut era de 90 bilhões. A canalha quase duplicou. Mas foi tudo proposta. Para quebrar o Brasil, obrigando a vendas do patrimônio q restou da privataria de fhc bem como as reformas. O povo terá q pagar o pato. Eles já tinham feito isso no governo tucano de fhc , quebraram o país, obrigando a venda de empresas como a Vale, de telefonia, elétricas etc. Repetem tudo. O povo q não lembra sua história está condenado a repeti-la. No Brasil estamos fadados a repetir as tragédias.

      1. O canalha quase duplicou o rombo, não. Eles estão é escondendo o jogo, mas duvido que fique abaixo dos 200 bilhões.
        E concordo com a afirmativa colocada acima de que eles não fracassaram, mas foram bem-sucedidos. Juntamente com a equipe do juiz de Curitiba, cada um numa área e com suas próprias ferramentas, tinham a mesma missão: devastar o Brasil. Por isso, estão arrasando com o que resta de economia nacional e buscando destruir politicamente (e, se necessário, fisicamente) quem oponha resistência ao reyorno do Brasil à velha ordem de subserviência geopolítica e miséria sócio-economica.

  1. Tudo na conta para o golpe. O empresariado envolvido não se ferra, só o povo e os midiótas pagarão a conta.

  2. “A privatização está sendo pensada para tapar buraco de despesas correntes e não como ação estratégica.”

    Discordo, meu caro Kennedy. A privatização, prevista no “Ponte para o Futuro?”, está dentro da estratégia traçada pelo grande capital para se assenhorear do que resta do patrimônio pertencente a todo o povo brasileiro.

    Assim, os déficits se transformam em poderoso álibi para o governo em sua tarefa de convencer o povo da necessidade de entregar este patrimônio a preço aviltado ou de graça mesmo. Do outro lado, justifica o arrocho cada vez maior em cima dos servidores públicos e funcionários de estatais.

    Então, ainda que o projeto de poder dos golpistas pareça estar em crise, ao andar da carruagem as melancias vão se ajeitando, se acomodando, e fornecendo mais trunfos para que eles imponham seu programa altamente deletério à nação.

    1. Tem razão, Nelson.
      Talvez pior do que o roubo representado pela “privataria reloaded” será a facada dos juros sobre a dívida pública que tende a cravar mais fundo nas costas do povo, diante da total ausência de credibilidade do governo no mercado e da deterioração das contas públicas. Na ponta do lápis, creio que o valor que será drenado do Brasil para os bolsos de banqueiros e rentistas supera em muito a já absurda farra com a liquidação do que restou dos ativos públicos.
      É muito difícil assistir o seu país ser esquartejado e rapinado, ameaçando as vidas de milhões de pessoas e até das próximas gerações, e não vislumbrar um caminho de saída, porque a elite pensante de esquerda mostra-se incapaz de estabelecer consensos, com vistas a ações políticas e orientação da população.
      O PT, como maior partido da esquerda, precisa converter a sua estrutura burocrática, que se especializou muito em campanhas eleitorais, para uma organização mobilizadora, com habilidade, ao menos, de usar as redes sociais e demais ferramentas da Internet com eficiência.

  3. Meirelles é sucesso absoluto… para os bancos. Pagou R$ 440 bilhões de juros (praticamente de juros reais) nos últimos 12 meses sobre a dívida pública (isso, fora a dívida das famílias paga no varejo bancário), exterminou o pouco que havia de estado de bem estar social para os pobres, arrocha a classe média, depreciou os ativos privatizáveis para vendar na bacia das almas, e deixará “contratos” de dívida aumentados para o povo pagar por décadas.
    O problema é que está matando a galinha dos ovos de ouro por overdose. Até antes do golpe eu achava que moratória da dívida não era uma boa opção porque os sacrifícios causados ao povo no curto prazo (perda de exportações, perda de crédito ao desenvolvimento, desemprego e recessão) seriam maiores e os benefícios só seriam colhidos em 15 ou 20 anos (prazos inviáveis para um governo democrático completar o ciclo do custo-benefício). Como o povo já está submetido aos sacrifícios e a emenda do teto de gastos vigora por 20 anos, acabaram quaisquer motivos para o Brasil não decretar a moratória, limitando o pagamento da dívida a percentuais razoáveis dentro do orçamento. Se credores não quiserem aceitar e Wall Street quiser aplicar sanções ao Brasil, que se danem. Estreitaremos laços com os BRICS e os países que também estão insatisfeitos com a velha ordem mundial. Getúlio Vargas decretou moratória em 1937 quando a Inglaterra era maior credora e conseguiu compensar intensificando relações comerciais com Alemanha e os EUA (que na época queria ocupar espaços geopolíticos antes ingleses).

    1. O Cartel da Mídia trata a dívida pública como um tabu, um assunto que não pode ser tocado, muito menos discutido ou informado ao seu público.
      Acostumamos a falar de resultado “primário” como um fato da natureza. Ninguém questiona porque o serviço da dívida é uma despesa “sagrada e intocável” como uma espécie de caixa de dízimo ao deus mercado.
      Mas este assunto, assim como a regulação do mercado (cartelizado) da comunicação social, é coisa para se FAZER e não para se discutir em campanha.

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