Má notícia: o vírus não está indo embora

Ao contrário do que disse Jair Bolsonaro, há 20 dias, o vírus Covid-19 não “está indo embora”.

O mundo teve ontem, sexta, o terceiro maior número de casos de novas infecções: 95 mil em 24 horas.

Nos Estados Unidos, o inequívoco centro da epidemia, hoje, foi o segundo pior dia em novas detecções de infecções: 36 mil em 24 horas.

É para aí que estamos indo, não se iluda.

Todas as projeções de modelos matemáticos esticam até setembro ou outubro a situação de gravidade de uma curva que está subindo, não estabilizada para permitir que não seja irresponsável qualquer discussão e muito menos apelos para o alívio do isolamento social.

Não é possível que se tenha condescendência com quem, aqui e lá fora, defende a “reabertura de tudo”para ganhar trocados em meio a um crise que não se reverterá por isso.

Querendo ou não os governantes, vão ter de se tornar mais rígidas as medidas de restrição, porque contaminação e morte vão crescer.

Não é hora de mentiras que, em lugar de serem piedosas, são mentirosas, porque defendem o ganho de alguns trocados – porque nem sequer serão suficientes para elevar a economia a um estado vegetativo – em lugar de defender a vida humana.

O espaço e a atenção que tenho não são para isso.

Servem para que se diga a verdade, para que se converse como o que somos: adultos, pais, mães, avós.

Ontem, recebi a notícia da internação de Hésio Cordeiro, junto com Sérgio Arouca e de uma geração de sanitaristas brasileiros, um dos pais do SUS. Hoje, a notícia da internação de um bom amigo, jornalista, filha pequena a precisar-lhe de pai. E antes, outros, amigos, conhecidos, amigos de amigos.

A doença e a morte agora têm caras e nomes.

Os responsáveis por serem tantas também precisam ter.

 

Facebook
Twitter
WhatsApp
Email

25 respostas

  1. Passada a peste na idade média, percebeu-se que não havia sequer uma família sem vítimas. Caminhamos para tanto?

  2. Desculpe mas não vejo importância no número de infectados, porque nenhum país está testando todo mundo. Quantos mais forem testados mais aumentará o número de infectados logicamente. Um grupo de estudos da USP estima em 1,2 MILHÃO o número de infectados no Brasil.
    É muito provável que seja verdade e isso prova que nossa taxa de letalidade é MUITO mais baixa do que a publicada.
    Pode também indicar uma ação diferente do vírus em cada população, região, clima, algo não compreendido ainda pela ciência.
    Para concluir não acho que a questão seja de se iludir, nem no governo que sabe bem o que está fazendo e querendo.
    Também é preciso lembrar que, pelas previsões que vinham sendo feitas, no final de abril já deveríamos estar em pleno apocalipse. E isso não aconteceu ainda, o que mostra que ninguém é dono da verdade.

  3. Desculpe mas não vejo importância no número de infectados, porque nenhum país está testando todo mundo. Quantos mais forem testados mais aumentará o número de infectados logicamente. Um grupo de estudos da USP estima em 1,2 MILHÃO o número de infectados no Brasil.
    É muito provável que seja verdade e isso prova que nossa taxa de letalidade é MUITO mais baixa do que a publicada.
    Pode também indicar uma ação diferente do vírus em cada população, região, clima, algo não compreendido ainda pela ciência.
    Para concluir não acho que a questão seja de se iludir, nem no governo que sabe bem o que está fazendo e querendo.
    Também é preciso lembrar que, pelas previsões que vinham sendo feitas, no final de abril já deveríamos estar em pleno apocalipse. E isso não aconteceu ainda, o que mostra que ninguém é dono da verdade.

  4. Desculpe mas não vejo importância no número de infectados, porque nenhum país está testando todo mundo. Quantos mais forem testados mais aumentará o número de infectados logicamente. Um grupo de estudos da USP estima em 1,2 MILHÃO o número de infectados no Brasil.
    É muito provável que seja verdade e isso prova que nossa taxa de letalidade é MUITO mais baixa do que a publicada.
    Pode também indicar uma ação diferente do vírus em cada população, região, clima, algo não compreendido ainda pela ciência.
    Para concluir não acho que a questão seja de se iludir, nem no governo que sabe bem o que está fazendo e querendo.
    Também é preciso lembrar que, pelas previsões que vinham sendo feitas, no final de abril já deveríamos estar em pleno apocalipse. E isso não aconteceu ainda, o que mostra que ninguém é dono da verdade.

  5. Continuo com a mesma ideia: na hora em que se realizar o levantamento do número de mortes sem causas violentas (assassinatos, atropelamentos, acidentes, etc) ocorridas em março /abril de 2019 e compara-las com as ocorridas no mesmo período de 2020 é que saberemos um número de vítimas mais perto da realidade. Eu acho que já devem estar fazendo isso, até. No mais, para se defender de bestas feras, os seres humanos às vezes precisam recorrer mesmo à violência. Estes zumbis bozonaristas não serão detidos com palavras porque não passam de animais perigosos.

  6. No pé que vai, estou começando a achar que a coisa vai ficar tão grave, que o mundo vai virar de ponto cabeça e vai ter que recomeçar, com novos e melhores valores. Mas pelo menos os avanços da CIÊNCIA obtidos pelo mundo anterior serão preservados.

  7. Desculpe mas não vejo importância no número de infectados, porque nenhum país está testando todo mundo. Quantos mais forem testados mais aumentará o número de infectados logicamente. Um grupo de estudos da USP estima em 1,2 MILHÃO o número de infectados no Brasil.
    É muito provável que seja verdade e isso prova que nossa taxa de letalidade é MUITO mais baixa do que a publicada.
    Pode também indicar uma ação diferente do vírus em cada população, região, clima, algo não compreendido ainda pela ciência.
    Para concluir não acho que a questão seja de se iludir, nem no governo que sabe bem o que está fazendo e querendo.
    Também é preciso lembrar que, pelas previsões que vinham sendo feitas, no final de abril já deveríamos estar em pleno apocalipse. E isso não aconteceu ainda, o que mostra que ninguém é dono da verdade.

    1. Faz sentido. A provavél taxa fe mortalidade do vírus é entre 0,5 e 1%. O valor absurdo de 6,5% da taxa de mortalidade no Brasil reflete a falta de testes.

      1. Não, não faz nenhum sentido. A começar pelo erro lógico de considerar-se que apenas a contagem de infecções esteja subnotificada. A de mortes também está. Neste momento, segundo dados da Universidade John Hopkins, referência no mundo, a letalidade na Itália, talvez o país em situação relativa mais crítica, encontra-se em 13,7%. Se considerarmos apenas os casos concluídos (a pessoa se curou ou morreu), descartando os casos em tratamento, a letalidade sobe para 27%. Visite http://www.bing.com/covid/ e faça umas contas por lá. Este site pertence à Microsoft e reúne dados oficiais da doença em todo o mundo com base no trabalho da Universidade John Hopkins. Subestimar o coronavírus significa condenar à morte centenas de milhares de vidas que poderiam ser poupadas. Até o Sikêra Jr. já fez a sua mea culpa.

      2. Qual é a taxa de letalidade nos EUA? Ou lá eles também não aplicam testes?
        E na Espanha? E na Alemanha? E na Itália? Também não aplicam? Qual é a taxa de letalidade em cada um desses países? Alguma fica próxima dos seus 0,5-1%, imbecil?
        “Valor absurdo”, sim, mas absurdo só pra quem não sabe fazer contas.
        E Bolsonaristas raramente sabem.

        1. Não entendi seu comentário, pois não existe ninguém menos bolsonarista no Brasil do que eu. Quando eu afirmei que a taxa fe mortalidade no Brasil é absurda, deve-se ao fato justamente de comparar com outros países. Os países que estão fazendo teste em massa, tende a ficar nessa faixa. O que explica o Brasil ficar na casa de 6%? Subnotificacão, claro. Os casos leves ou assintomáticos não entram na estatística, o que nos leva a crer que na realidade o número de infectados no Brasil já passa dos 300 mil.

          1. Pois não foi o que você disse no comentário:

            “A provavél taxa [de] mortalidade do vírus é entre 0,5 e 1%”
            De onde tirou isso?

            E isso:
            “O valor absurdo de 6,5% da taxa de mortalidade no Brasil reflete a falta de testes.”
            O que significa? A seu ver é “absurdo” por ser muito alta ou muito baixa?
            Falta clareza. Muita.

          2. O vírus não tem uma taxa de mortalidade de 6% real, provavelmente fica em torno de 1% como nos países que fizearam teste em massa, como Coreia e China. O que está jogando a taxa pra cima é a subnotificacão . Não quero dizer com isso, que 1% é pouco, antes o contrário, é altissima para um vírus com tamanha taxa de contágio.

          3. A China tem taxa de letalidade de 5,6% e a Coreia de 2,32%.
            Ou seja, valores mais de 130% superiores, no mínimo, aos que você fornece (devem ser dados fornecidos pela FBTE: Fundação Bolsonaro-Teich de Estatística).
            Os EUA no dia 17/04 apresentava taxa de 5,1% e ontem já era de 5,8%.
            A Espanha, Itália e França têm taxas superiores a 10%.
            Então de que diabos você está falando?
            Pura desinformação bolsonarista canalha para firmar o conceito de “gripinha”.

          4. Pois não foi o que você disse no comentário:

            “A provavél taxa [de] mortalidade do vírus é entre 0,5 e 1%”
            De onde tirou isso?

            E isso:
            “O valor absurdo de 6,5% da taxa de mortalidade no Brasil reflete a falta de testes.”
            O que significa? A seu ver é “absurdo” por ser muito alta ou muito baixa?
            Falta clareza. Muita.

    2. Oh!Antonio.Isso mesmo,estas fazendo muito bem.São todas as noticias,pra prejudicar o teu senhor,o BÓSTA-ONARO.São um bando de mentirosos.vai lá,pra Brasilia,te pendurar nas genitálias do teu MESTRE.

    3. De novo questionando a ausência de Apocalipse? Vá para Manaus. E pare de achar que estamos distante de um drama maior.

    4. Já passou pela sua cabeça de que a taxa de letalidade oficial, por falta de testes, TAMBÉM ESTEJA MUITO ABAIXO DA REALIDADE? Me poupe de argumentos imbecis. Aparentemente para vc, o dono da verdade é o débil mental demente que ocupa a presidência. A impressão que vc me dá é de um bolsominion semi-arrependido, que ainda não sabe que rumo tomar depois que a idiotice bolsonariana contaminou o seu cérebro. E eu, particularmente, estou de saco cheio com idiotas-minions. Meu sincero desejo é que morram de coronavírus enquanto gritam: “mito-mito-mito”. O país não sentirá falta nenhuma destes débeis mentais, ao contrário será uma limpeza étnica perfeita.

    5. Após ler os comentários sobre sua afirmação cheguei a uma conclusão.
      Tu é uma besta!!!

  8. Li, não sei se foi aqui ou em outro blog, que a apaixonada defesa do fim do isolamento social por parte do Cachorro Louco se deve a ameaças a ele e a seus filhos por parte das milícias que, com o isolamento, perdem o grosso de seu faturamento: quem não tem renda, por força do isolamento, não paga a TV a cabo pirata, não paga a internet, não paga “proteção”, não paga o gás e por aí afora. Bendito Brasil de Bandidos! Pobre Povo Brasileiro!

  9. No futuro, esta pandemia vai se chamar “O coronavirus do Bolsonaro”. Não há como evitar isso. Vai ser um marco na história do país e envolverá também a tragédia da economia e o desastre social.

    1. Para as grandes empresas será uma grande jogada uma mortandade , em especial, de velhos, e aposentados. Diminui o custo do ESTADO e, ricos mesmo não se aposentam, ou suas aposentadorias são uma “merreca” para eles, e eles são uma minoria. Logo, suas empresas podem ser desoneradas de custos com impostos reduzidos. Além disto, os pobres e desempregados morrerão, diminuindo a tensão social. E eles sabem que, a automatização está aí mesmo, e precisam fazer uma redução de empregados. (pensem nas grandes empresas, em especial aquelas dos países ricos). Logo, é muito conveniente uma boa safra de pobres transformados em adubo. Perguntem para o economistas das empresas capitalistas.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *