Mais pobres, mais desiguais

Levantamento da Fundação Getúlio Vargas publicado pelo Valor mostra que a estagnação da ecnomia braileira nos últimos anos não atinge a todos de forma igual: para variar, os mais pobres ficam mais pobres e os mais ricos seguem em sua rota de acúmulo.

Medida pelo Índice de Gini – onde valores mais próximos de 1 indicam aumento da desigualdade – a distribuição de renda no Brasil deu o salto que você vê aí no gráfico desde que a crise econômica começou a ser nossa realidade, ao final de 2014, e só fez aumentar com as políticas de corte de gastos implantadas  com a volta dos conservadores ao poder.

A retomada do desenvolvimento, está se vendo, não é apenas uma pauta econômica, é a principal pauta social de nosso país.

É como diz o bordão sempre usado por Lula, só há saída para a crise se incluírem-se os pobres na economia e só há saída para a pobreza se nossa economia deixar o estado de degradação que, desde o início da Lava Jato a foram lançando.

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5 respostas

  1. Como esperado, não é Brito? E veja que a curva é ascendente. E, além do povo mais humilde (em todos os sentidos), iremos todos nela navegar. Mais cedo ou mais tarde.

  2. Todo projeto entreguista ,sabujo, orientado pelo império exige a aniquilação de toda posibilidade de oposição.Assim se precarizam as relações laborais,os sindicatos,o nível do emprego e por consequência o dos salários.
    Jogados na arena da briga pelo pedaço de pão (literalmente) os componentes da massa já vítimas de uma alienação histórica no Brasil ,aplicam o “salve-se quem puder” ,afundando ainda mais as suas chances de virada.
    Explique isso para o 80% dos trabalhadores brasileiros ,é provável que será chamado de “comunista” ,”baderneiro” ,etc.
    Em soma ,todo isto é consequência das escolhas da massa ,não é por acaso .Ao invés da maioría dos progressistas ,esquerdistas,etc que teimam em manter a sua visão de “pobres coitados vítimas do sistema” ,eu os faço sujeitos responsáveis por seu destino.
    Ninguém tem o direito de ser imbecil ao ponto de se suicidar apoiando políticas nefastas a sua vida como indivíduo ,e se ainda assim chegam a conclusão que “os pobres coitados são vítimas de manipulação, facilmente” deveríam pensar em qualificar o voto para “salva-los”.
    Solução? educação que foque no questionamento permanente (o que faz a ciência e a humanidade avançar),aplicação da lógica ,foco nos processos históricos vividos pela humanidade ( a única maneira de não cometer o erro dos burros) ,etc.
    Alguém tentou? não ,nem sequer os que tiveram a chance.

    1. Concordo com você quando diz que “ninguém tem o direito de ser imbecil ao ponto de se suicidar apoiando políticas nefastas a sua vida como indivíduo”. Não entendo como existe pessoas que mesmo sendo prejudicadas pelas reformas e atos desse governo segue o apoiando. Meus pais mesmo sem estudo jamais foram analfabetos políticos. Assim como jamais acreditaram em distribuição de Kit Gay. Sempre me ensinaram sobre Brizola, Lula e Jango e jamais deixaram-se enganar por “mitos”.

  3. Essa é a consequência inexorável da adoção de políticas econômicas preconizadas pelo neo-liberalismo (que, nesta nova investida no Brasil, começou com a política de cortes adotada po Levy ainda no início do segundo mandato de Dilma, quando esta capitulou ao capital especulativo).
    E esta consequência não é por sermos uma economia ainda atrasada. Nos EUA, após a adoção do neo-liberalismo com a vitória de Reagan, o neo-liberalismo econômico manteve-se como política de estado, e o ataque aos sindicatos foi instrumento fundamental para a imposição destas políticas. Desde então, todos os ganhos da economia americana foram acumulados pelo topo, os 10% mais ricos, com absurda concentração entre os 1% mais ricos. Os trabalhadores perderam participação relativa na renda nacional americana em cada ano, exceto durante o governo de Bill Clinton em que não perderam renda (mas não ganharam).

    É importante notar que no seu governo, Bill Clinton teve no comando da economia gente progressista, como Paul Krugman e Joseph Stiglitz (ambos agraciados com o prêmio Nobel) e no comando das relações trabalhistas estava outro progressista Robert Reich. Uma das primeiras medidas foi reduzir o contingente e os gastos militares e investir na dinamização da economia e na inovação tecnológica.

    O neo-liberalismo é a elaboração teórica para justificar a rapina dos endinheirados ao orçamento das nações e as consequências óbvias são o empobrecimento e o aumento da desigualdade.

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