Mais uma pesquisa dá empate técnico Bolsonaro/Haddad: 27% a 22%

A pesquisa do Instituto Brasilis, registrada no TSE (BR-00592/2018) e publicada pelo site Infomoney, é mais uma a apontar empate estatístico, dentro da margem de erro de 3,5%, entre o candidato da extrema direita, Jair Bolsonaro, e o da coligação petista, Fernando Haddad.

Mais importante: é mais uma que segue registrando ascensão do candidato petista e outra a mostrar estagnação ou perdas pequenas com o ainda líder dos levantamentos.

Com outro dado muito significativo para quem ainda não se convenceu que o 2° turno é favorável a Fernando Haddad: a vantagem chega, nesta pesquisa, a oito pontos, acima mesmo de margem de erro grande, natural num levantamento telefônico com mil eleitores, estratificados por  região, sexo e idade.

Vejas o números do 2° turno:

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14 respostas

  1. Nunca antes na história desse país um “empate técnico” foi tão agradável. Que na sequência venha o desempate: técnico, moral e definitivo. Seria o fim deste duelo mas o início de outra batalha.

  2. Haddad precisa, urgentemente, voltar a usar camisas vermelhas com a imagem de Lula estampada. Ele não deve fazer nenhum gesto que insinue uma atitude conciliatória com a direita e o mercado financeiro pois isto afastaria a esquerda não petista. Queremos que no governo Haddad a direita fique na oposição. Nada de governo de coalizão com golpistas!

    1. C.Poivre: a conciliação está tão acelerada com os golpistas (estamos vendo) e com os neoliberais (nos bastidores) que até o The Economist está recomendando Haddad.
      Na Globo, em outubro, vai passar um remake de novela: Eleição 2014 – vale a pena ver de novo !

  3. Prezado Brito, gostaria de saber como anda a pesquisa vox populi, pois a última publicada dava vantagem para o Haddad. Abração!

    1. DATENA deu enorme visibilidade para o Magno Malta. Será que agora ele entrevistaria a família vítima desse político criminoso ?
      Datena, manifeste-se !!!

  4. Se a tendência de diminuição continuar, deve ser tanto os efeitos da facada passando, quanto mais eleitores se informando quem é o coiso. O #EleNão está ficando mais em evidência, várias lideranças religiosas estão se posicionando. Aquele eleitor que não o defende mas vê nome e senso comum, começa a se tocar que ele não representa o que ele quer, muda de posição. A grande mídia deve começar os ataques agora porque eles estão sentindo o que criaram, com os minions atacando quem faz qualquer crítica ao deus deles.

  5. Não dou muita bola para essas “pesquisas” eleitorais, pois não mudo meu voto em função delas, sobretudo no 1º turno, que é a fase em que os eleitores, de fato, votam naquele candidato de sua preferência. Quando ocorre 2º turno é porque nenhum dos dois candidatos mais bem colocados obteve a maioria absoluta dos votos válidos; portanto essa 2ª fase da eleição é a da “negação”, em que a maioria dos eleitores se alinha em torno de um candidato não porque ele seja o preferido, mas porque têm a consciência de que o adversário é mais nocivo ao país, ao estado ou ao município, dependendo da eleição ser nacional, estadual ou municipal.

    Toda e qualquer pesquisa é tendenciosa, possui viés, pois o contratante estabelece o que deve ser perguntado e de que forma. O métodos científicos/estatísticos não são capazes de tornar “neutras” ou “isentas” quaisquer pesquisas eleitorais.

    Olhando as retas e fazendo a mais simplória das análise, ou seja, presumindo a manutenção da taxa de crescimento e decrescimento das intenções de votos nos dois candidatos mais bem colocados tem-se;
    1º turno: B = -x/2 + 40,5
    H = 5x/6 – 0,5
    Sendo B e H os percentuais dos candidatos Bolsonaro e Haddad, respectivamente;
    x o tempo decorrido, sendo x=21 no dia 21 de setembro.

    Com essas considerações, as curvas que indicam as intenções de votos nos dois candidatos se interceptariam em x=30,75, ou seja, x~=31, oque corresponde ao dia 1º de outubro. Se mantidos os patamares de crescimento/decrescimento, no dia 7 de outubro, data do 1º turno da eleição, teríamos:
    B=22;
    H=30,33.

    Modelagem análoga pode ser feita em relação ao 2º turno, mas isso não faz muito sentido, já que se trata de outra eleição e não apenas uma simples 2ª etapa. Importante é saber que há se mantidas as taxas de crescimento/decrescimento, o candidato do PT pode passar o adversário já no 1º turno. Quem vence o 1º turno sai fortalecido e favorito para vencer a fase final.

  6. Os números são muito semelhantes aos das duas pesquisas Ibope que saíram essa semana. Quer dizer, não há muita novidade. Apontam crescimento do Haddad. E uma certa tendência de queda do primeiro colocado.

    É sempre bom ressaltar que é preciso cautela com pesquisas. Ainda mais com metodologias diferentes. O q faz uma grande diferença, sobretudo na precisão desse ‘retrato aproximado’ da realidade que estas pesquisas se propõem a fazer.

    É importante lembrar q os institutos de pesquisa não captaram por exemplo a ‘arrancada final’ do Dória no primeiro turno em São Paulo (dava 2º turno com o Haddad, na boca de urna!). E nem mesmo na boca de urna, a ‘arrancada final’ do Aécio em 2014, superando e muito a 3ª colocada, Marina, e se aproximando razoavelmente da 1ª colocada, Dilma Rousseff.

    Quer dizer, não é preciso ser nenhum especialista pra afirmar, que todo cuidado com essas pesquisas é pouco. Até pra não repetir aquela velha história do ‘não vai ter golpe’, e teve, depois todo mundo ficou com uma sensação de frustração. E ninguém se mobilizou a tempo, e quando foram se mobilizar o Temer já tava praticamente empossado.

    Ainda mais agora, quando setores importantes da direita, como PSDB paulista, por meio do Dória, PSDB mineiro, com Anastasia e Aécio, e até membros do PSDB no governo federal, Aloysio Nunes, já ‘sinalizam’, em certa medida, q irão embarcar na candidatura do ‘mito’.

    E depois também de terem cancelado algo em torno de três milhões de títulos de eleitores. Sobretudo do NE. Região que permitiria, em tese, uma certa vantagem pro candidato petista. Quer dizer, outro golpe da direita.

    No mais, a pesquisa é uma boa notícia. Mas com pesquisas, todo cuidado é pouco. Como sempre digo, um pouco de cautela e canja de galinha, não fazem mal.

    1. Perfeito, cara. Só vou te dar uma explicação sobre um assunto que pesquisei depois dessa arrancada do Aécio em 2014. Quando descobri achei interessante.

      Tentando entender como o Datafolha faz as pesquisas e tendo um conhecimento razoável de estatística fui buscar o método e, basicamente, ela divide os municípios em 5 categorias de acordo com o tamanho. Aí, ela pondera esses municípios e faz uma ponderação por esse tamanho. Esses municípios são escolhidos pelo resultado da eleição anterior. No caso de 2014, foi com a cara de 2014. Pegando esses municípios escolhidos e fazendo a mesma extrapolação, você reflete exatamente os resultados da eleição anterior. Desta forma, é uma ótima base para as pesquisas.

      O problema é que os municípios mudam de cara. E, com isso, em 4 anos, muita coisa pode mudar. Pode-se dizer que o Datafolha escolheu muitos municípios que mudaram essa cara. E, com isso, errou feio a votação do Aécio em 2014. Para o 2º turno, a base de municípios é o próprio 1º turno, o que torna a escolha muito mais assertiva tanto que acertou bem o resultado final.

      Por isso, as pesquisas, por mais honestas que sejam, podem cometer erros graves, por causa da grande estratificação e diferença de pensamento social e até com o passar do tempo.

      Eu fiz essa pesquisa porque a primeira pesquisa do 2º turno (da Paraná, se não me engano), tinha dado uma grande diferença em favor de Aécio, então fui pesquisar a fundo e percebi que os municípios foram escolhidos “a dedo” para dar este resultado. Pegando os municípios da pesquisa e fazendo a extrapolação pelo tamanho conforme expliquei acima, o resultado do 1º turno deu um cenário em que Aécio superou a Dilma no 1º turno (!), ou seja, foi uma pesquisa com intenção de produzir um resultado favorável. No 1º datafolha que saiu, fiz a mesma verificação e os municípios refletiam exatamente o resultado do 1º turno.

      É isso, espero que tenha esclarecido um pouco mais.

    1. Estatisticamente, se a amostra é pequena e a margem de erro de 3,5 pontos percentuais, sim. Em termos matemáticos temos
      Bolsonaro: (27 +- 3,5)%, ou seja, entre 23,5 e 30,5%;
      Haddad: (22 +- 3,5)%, ou seja, entre 18,5 e 25,5 %.

      Como há uma zona sobreposição das probabilidades (entre 23,5 e 25,5)%, tem-se caracterizado o que matemática estatisticamente se convencionou ou chamar “empate técnico”.

      1. Eu entendi o raciocínio, João. Mas eu acho uma tremenda forçada de barra dizer que há empate.

        Empregando o mesmo raciocínio, posso dizer que Bolsonaro tem 30% e Haddad 18%, o que também não tem a menor razoabilidade.

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