Moraes é trouxa de crer em Bolsonaro? Sem chance

Diz a mídia que Jair Bolsonaro reuniu-se, durante alguns minutos e a portas fechadas, com o ministro e presidente eleito do TSE, Alexandre de Moraes, a quem os bolsonaristas chamam de “Xandão do PCC”.

Seria absolutamente normal, caso tivéssemos uma relação normal entre Executivo e Judiciário. Mesmo assim, ainda é algo que cabe dentro do comportamento civilizado, se ambos haviam sido chamados a um jantar comemorativo de 30 anos da investidura de outro ministro, Gilmar Mendes.

Politicamente, o resultado disso é zero e uma eventual recusa de Moraes a conversar com quem é, infelizmente, o presidente da República só reforçaria o discurso falso, mas público, de que Bolsonaro estaria sofrendo perseguição do ministro (e de outros, como “marxista-leninista Fachin e o ‘canalha” Luiz Roberto Barroso – são agentes de Lula no Tribunal.

Sem ser uma indiscreta mosca naquela sala, sou capaz de apostar que Moares ouviu mais do que falou e, como naquelas plaquinhas que havia nos ônibus, disse ao presidente somente o indispensável: que as eleições serão conduzidas com lisura e independência.

Basta isso para acabar com a história de “salas secretas” e de interferência das Forças Armadas no processo eleitoral.

Bolsonaro tem de ser “toureado”, e movimentos bruscos são totalmente não-recomendados diante dele, como na presença de um cão feroz.

A coleira vem só depois que ele perder os dentes.

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