Mourão, o valentão, quer enfrentar os russos

É difícil superar a estupidez diplomática de Jair Bolsonaro , amplamente demonstrada em chamar para si o que seria “a pacificação” da crise entre russos e ucraniamos e disparar aquele inconveniente “somos solidários à Rússia”, um compromisso absolutamente inadequado àquela altura.

Mas o vice, Hamilton Mourão, conseguiu a proeza.

No momento em que todos deveriam estar exigindo um cessar-fogo imediato, com o fim do confronto armado como ponto de partida para o reinício dos entendimentos (ou início, porque nunca foram sérios e sinceros) o nossa cavalariano vice-presidente dispara:

— Tem que haver o uso da força, realmente um apoio à Ucrânia, mais do que está sendo colocado. Essa é a minha visão. Se o mundo ocidental pura e simplesmente deixar que a Ucrânia caia por terra, o próximo será a Bulgária, depois os Estados bálticos, e assim sucessivamente, assim como a Alemanha hitlerista fez nos anos 30.

Uso da força, general? Não acredito que Mourão esteja sugerindo que EUA e Rússia vão esfregar os narizes de seus mísseis nucleares para este “uso da força” que sua generalância propõe.

Ou quem sabe ele queira o comando daquela coluna de tanques fumacentos que foi usada para ameaçar o Supremo pouco antes do Sete de Setembro para confrontar os milhares de moderníssimos e enormes tanques da Rússia?

 

 

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