Mourão rebate Bolsonaro e quer compra da vacina chinesa

Nas próximas horas veremos a reação de Jair Bolsonaro à bola que o seu vice, Hamílton Mourão, pegou de “bate-pronto” para esticar a corda com o seu chefe.

O general disse à Veja que “o governo vai comprar a vacina [chinesa] , lógico que vai. Já colocamos os recursos no Butantan para produzir essa vacina. O governo não vai fugir disso aí.”

É impossível dizer se Mourão fez esta declaração antes de Bolsonaro dizer, na sua “live” de ontem à noite, que “eu, que sou governo, não vai [vou] comprar sua vacina também não. Procura outro pra pagar sua vacina”.

Bolsonaro vai querer fazer com o vice-presidente o que fez com o General Eduardo Pazuello quando este anunciou o protocolo de intenção de compra da Sinovac, a vacina trazida da China pelo Instituto Butantã?

Mourão não tem de se submeter a um comando de “última forma” palaciano, é obvio.

Mas vai se reacender toda a onda bolsominion contra o general, que vai, para eles, voltar à prateleira dos melancias, “verdes (oliva) por fora e vermelhos por dentro.

Chegamos ao paradoxo de que um homem visivelmente limitado como Hamilton Mourão seja visto como a “parte reacional” do Governo.

Tem feito das tripas coração para acolchoar os coices de Bolsonaro na China, o que ganha importância duplicada com a iminente ameaça de um degradação nas relações com os Estados Unidos, a confirmar-se a tendência de vitória de Joe Biden à Casa Branca.

O mais provável é que, publicamente, Bolsonaro saia pela tangente, dizendo que Mourão tem liberdade de achar o que quiser, mas quem decide é ele.

Por dentro, porém, a batata de Mourão, que já estava assando, pode esturricar.

 

 

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