O abacaxi e a humildade jornalística

abacaxi

Tem um sabor ácido a reportagem curiosa do UOL, hoje, que narra os problemas das plantações de abacaxi pela falta de jornais velhos que embrulhe os frutos ainda jovens, para protegê-los do sol, que a planta pede.

Sou do tempo em que a transitoriedade da “glória” jornalística era simbolizada pela frase: “o jornal de hoje embrulha o peixe de amanhã” e isso ensinava muito aos jornalistas.

Podava-lhes a pretensão e os continha no papel de narrador, não o de personagem, dos fatos.

Vivi o efeito terrível da televisão sobre o jornalismo e não foram um nem dois que se perderam na vacuidade de se tornarem subcelebridades, moléstia que se espalhou para a internet e que, em todos os campos, é de horrorizar aos veteranos do tempo em que se dizia  que “jornalista não é notícia”.

Li, hoje, que a Abraji – Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo – financiada por  20 jornais  – fará um “centro de checagem” de supostas “fakenews” na internet.

É triste ver que o “ímpeto desmistificador” da geração mais jovem de jornalistas não tenha a mesma intensidade contra as “semi-fakenews” da mídia  convencional, esta mesma que embrulhou, para o país, o “abacaxi” gigante representado pelo golpe parlamentar e judicial que nos atirou no desastre – institucional, político, econômico e social – que nos encontramos hoje.

É tão ridículo quanto ler chamadas como as que temos hoje, sobre a pesquisa CNI-Ibope, que dizem que “CNI/Ibope: Bolsonaro e Marina estão tecnicamente empatados“, como faz a Veja; ou como  “Bolsonaro e Marina estão em empate técnico na liderança, diz CNI/Ibope“, como diz o Valor; ou ainda como faz O Globo: “CNI/Ibope: Bolsonaro 17%, Marina 13%, Ciro 8%, Alckmin 6% e Álvaro Dias 3%“, todos omitindo o fato central, que é o de Lula ter mais que a soma de ambos quando seu nome não é retirado da lista, o que legalmente não foi….

Um quilo de fakenews nas redes sociais tem menos peso que um grama de distorção no Jornal Nacional.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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20 respostas

  1. Os dias eram assim…Depois do golpe consumado dos canalhas, com supremo com tudo (Jucá), e até os coxinhas pobres estão começando a perceber. É como cantarola aquele deputado corrupto (Marum): “Tudo está em seu lugar, graças a Deus , graças a Deus…”
    Mas nada como a História com H maiúsculo para contar a verdade daqui a pouco tempo, como diriam os antigos:”o castigo vem a cavalo”. Hoje em dia virá a avião a jato ou pela internet, a Globo terá que vir mais uma vez se desculpar por ter apoiado mais um golpe.

      1. A Globo vai ser uma Tv estatal mais poderosa que as TVs estatais Chinesas . E os filhos do Roberto Marinho na cadeia!! A alegria vai voltar! Lula ???? livre.

  2. Desculpem mas hoje estou pessimista. Na década de 80, Lula já tinha trinta e poucos por cento do eleitorado. O fato de Lula ter hoje a mesma coisa, depois de tudo que o Brasil viveu nos últimos 30 anos, especialmente de 2003 a 2014, pra mim demonstra a incomensurável estupidez do povo brasileiro. Tudo que acontecer ao país daqui para o futuro, será o que a nossa sociedade como um todo merece. Talvez, por um “milagre”, ela ainda desperte.

      1. Discordo, colega. Lula sempre foi vítima desse massacre. Eu me lembro do ano de 1988, o escarcéu que foi feito porque Lula tinha um três em um, o lance do aborto foi escrotíssimo. No primeiro ano do governo Lula, arrumaram um escândalo de compra de papel higiênico pro palácio do planalto, lembro de como falavam mal das festas juninas no planalto, a lista é longa… Lula tem a espinha de aço.

    1. O povo, por pior que esteja intelectualmente, tem muito pouca culpa sobre o que pensa sobre esse embóglio todo. A conspiração midiática é absoluta, e não deu uma única demonstração de ter fraquejado desde o impeachment. Pelo contrário, as informações que estão chegando ao público nesse momento são as mais parciais que vi desde a Intentona dos 20 Centavos. Não há como enxergar os fatos de forma isenta sob essa chuva de manipulação e parcialidade.

  3. o Jornal Nacional hoje chutou cachorro morto o tempo todo falando do obvio: A mais absoluta impopularidade de Temer na pesquisa IBOPE. Não falou em pesquisa eleitoral omitindo esta informação ao publico. Pelo menos não caiu no ridículo dos jornais citados na coluna

  4. É, Brito, parece que jornalista que vira notícia ainda é desgraça pequena em nossa grande mídia. De grama em grama de distorção os criminosos do jn geram toneladas de ódio e intolerância que, desgraçadamente, vai confirmando a ‘maldição’ de Pulitzer: já formaram um público tão vil quanto eles mesmos.

  5. Fui repórter do JB nos seus últimos áureos tempos, quando Marcos Sá Corrêa era editor-chefe. Fui da Reportagem Geral (depois chamada Editoria Cidade) quando o editor era Ancelmo Góis. Nunca me esqueço de quando ele disse (em reportagem do Jornal da ABI, se não me engano) sobre o quanto ele tinha orgulho de botar profissão: jornalista quando preenchia a ficha do crediário das Casas Bahia. Claro que na época ele não devia mais comprar nas Casas Bahia (sinônimo, na época, de loja de pobre, quando o crédito era mais difícil, e você podia parcelaaar suas compras). Mas, sim, a gente ganhava pouco – a maioria dos jornalistas ganhava, e ainda ganha, muito pouco – mas o orgulho de ser jornalista!
    Velhos tempos. Não tenho vergonha de ser jornalista, lutei pela categoria, inclusive, mas tenho vergonha dos jornalistas de hoje. Não valem seus – na maioria dos casos, péssimos – salários.

  6. :
    : * * * * 04:13 * * * * .:. Ouvindo As Vozes do Bra??S??il e postando: Poesia contra a distopia (Distopia = Ideia ou descrição de um país ou de uma sociedade imaginários em que tudo está organizado de uma forma opressiva, assustadora ou totalitária, por oposição à utopia.) : Poemas (acrósticos) de autoria do PoeTa anarcoexistencialista Cláudio Carvalho Fernandes para alguns dos valorosos blogueiros progressistas:

    Para o Paulo Henrique Amorim, do ConversaAfiada:

    Progressista dos melhores é o Paulo Henrique Amorim
    A certeza do bom combate na blogosfera
    Um batalhador pela democracia, por você, por mim
    Lutando sempre contra o pig, que é a besta-fera
    O império do mal, a ditadura midiática que quer do BraSil o fim

    Honrado e ansioso blogueiro, jornalista de primeira
    Estimado por todos os que o veem em ação
    Na internete é uma referência brasileira
    Realizando também excelente trabalho na televisão
    Indiscutivelmente seu nome é uma bandeira
    Querida de amor pelo Brasil, seu povo e nação
    Um guerreiro pela pátria justa e verdadeira
    Esse nosso prezado mestre e irmão

    Alimentando sempre uma boa ConversaAfiada
    Mantém-se como um digno baluarte da civilidade
    O perfeito crítico, irônico, inteligente e camarada,
    Revelando as mazelas da política e sociedade
    Instrumentalizadas pelo poder da informação monopolizada
    Mantém vivo em todos nós o amor consciente pela liberdade.

    Para o ilustrador (humorista) Bessinha, do ConversaAfiada do Paulo Henrique Amorim:

    Boas e saudáveis gargalhadas nos faz ter
    Esse humilde gênio do humor na internete
    Sua criatividade é de fonte inesgotável, a valer,
    Sempre trazendo nova perspectiva, pintando o sete
    Inventando e reinventando o riso cotidiano
    Na sua melhor tradução sempre nos prega uma peça
    Hors concours do humor, (con)sagrado e profano,
    A mostrar que a sua bossa de criação é boa à beça

    Para o Luiz Carlos Azenha, do Viomundo:

    Luiz Carlos Azenha, a senha para a boa informação
    Um jornalista que dignifica o jornalismo
    Investigativo do poder e a liberdade de expressão
    Zênite do mais humano altruísmo

    Comunicação com amor à verdade
    Ao nobre propósito de bem servir bem
    Rumo a uma nova sociedade
    Livre para se ir mais além
    Observando criticamente a realidade
    Somando experiência(s) e multiplicando-as também

    Admirável ativista do bem humano
    Zelando sempre pela justiça social
    Entusiasta da liberdade, igualdade e fraternidade, no plano
    Natural de quem é tal e qual
    Homem civilizado, honesto, bom e lhano
    Ah, se todo ser fosse a você igual!

    Para o Luís Nassif:

    Luminoso baluarte do melhor humano
    Um exemplo digno de pessoa e profissional
    Íntimo amigo do que é bom, justo e lhano
    Superando as limitações do trivial

    Nobre ser de grande dignidade
    Ampliando o fraterno bem
    Sobre a própria humanidade
    Somando e multiplicando, indo além
    Infinitamente transcendendo a realidade
    Frugal: igual a você, ninguém!

    Para o Brizola Neto, do Tijolaço:

    Bom de luta como o avô honrado
    Raiz de tudo o que é melhor
    Ilustre democrata já (a)provado
    Zelando pelo bem maior
    O povo ao seu lado
    Lutando livre mas não só:
    A realidade nos tem irmanado

    Nobre guerreiro do melhor debate
    Este poema é um agradecimento
    Te louvando pelo bom combate
    Orientado por humano pensamento

    Para Fernando Brito, do Tijolaço:

    Feliz quem pode te ler
    Espectador do melhor pensamento
    Resgatando o próprio prazer
    Natural de também pensar o momento
    Ampliando a visão sobre a realidade
    Nas críticas (e) reflexões
    De um País em busca da verdade
    Ou da própria humanidade, sem ilusões

    Brasileiro com muito orgulho e amor
    Registro vivo de pia humanidade
    Igual, livre e fraterna, multicor
    Tentando sempre de tudo a verdade
    Onde haja a comum-união de vida e labor

    Para Eduardo Guimarães, do Blog da Cidadania:

    Eduardo Guimarães, prezado blogueiro progressista
    Digno cidadão, responsável e muito humano
    Uma boa pessoa, sempre e sempre altruísta
    A expressão verdadeira do ser lhano
    Revelando a cada gesto nobre humana conquista
    Do que de melhor há no fraterno plano:
    O bem de todos na prática humanista

    Gostar de gente, bem humana, é opção
    Um jeito de encarar a própria vida
    Incentivando cada ser a ser mais irmão
    Muito mais fraterno e justo, na lida
    Amorosa de sempre buscar dar atenção
    Real a cada um, na igual medida
    Ãnte a crítica observação
    Especial da experiência refletida, vivida
    Semeando o bem no bem sentir a razão

    Para Miguel do Rosário, de O Cafezinho :

    Muita informação de boa qualidade
    Isso a gente encontra nO Cafezinho
    Gostoso encontro com a brasilidade
    Um exercício do jornalismo em alinho
    Entre o bem de todos e a humanidade
    Longa vida para este nosso maninho.

    Dialética com o melhor da razão
    O Miguel sempre nos traz de montão.

    Rimando bom jornalismo com crítica
    O Cafezinho faz a construtiva obra
    Ser ainda melhor, aliando política,
    Área nobre, à reflexão que se cobra
    Rumo ao ser pleno, cultura altruística
    Informando o bem fazer que se desdobra
    Onde é séria a boa atividade jornalística.
    .:.

    Poema acróstico para o maior e melhor brasileiro de todos os tempos : Luiz Inácio LULA da Silva :

    L ouvemos quem bem merece o mais pleno louvor:
    U m homem simples, como as coisas boas da vida,
    Í ntimo camarada, nosso irmão e amigo de valor,
    Z elando sempre pelo bem da humanidade querida.

    I nimigo dos maus, amigo dos bons, trabalhador
    N ascido do povo que muito o ama e admira,
    Á rvore de bons frutos, os de melhor sabor,
    C onsciência plena de tudo que no mundo gira,
    I magem perfeita do homem de si senhor,
    O humano defensor de humana lira.

    L uz de nossa gente, lutador incansável,
    U m verdadeiro herói do povo brasileiro,
    L úcido e consciente do mais admirável
    A mor pelo ser humano e verdadeiro.

    D igno e sincero, fraterno e muito humano,
    A migo do povo, honesto e sempre lhano.

    S eja o meu/nosso canto para te louvar,
    I sso que a voz do povo já disse várias vezes:
    L ula, o BraSil vive mais feliz só por te amar,
    V itória da melhor sorte no número treze,
    A fazer do brasileiro a humanidade a se ampliar.
    ::
    Autor: Cláudio Carvalho Fernandes ( PoeTa anarcoexistencialista )

    .:.

    L uz do povo brasileiro,
    U m digno e fiel lutador,
    L astreando com real valor
    A honra do BraSil inteiro.

    .:.

    L ula livrou 36 milhões da pobreza,
    U m feito memorável, sem precedentes,
    L utando contra a mídia venal, teve a certeza
    A bsoluta de estar ao lado dos brasileiros conscientes.

    .:.

    L ivrando da miséria extrema 36 milhões de brasileiros,
    U m feito sem igual, que, por si só, já bastaria,
    L ula segue sendo no mundo um dos primeiros
    A fazer de seu povo a eterna rima rica de sua poesia.

    .:.

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    Por uma verdadeira e justa Ley de Medios Já pra antonti (anteontem. Eu muito avisei…) ! ! ! ! Lul(inh)a Paz e Amor (mas sem contemporizações indevidas, ou seja : SEM VASELINA) 2018 neles/as (que já PERDERAM, tomaram DE QUATRO nas 4 mais recentes eleições presidenciais no BraSil) ! ! ! ! !
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  7. Jornal velho atualmente é vendido. Compro semanalmente para meus cachorros. Felizmente ainda não são alfabetizados.

  8. A questão não é fakenews, é questão de caráter, Jornalista de hoje não dá a notícia ele faz a notícia:

    ”Li, hoje, que a Abraji – Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo – financiada por 20 jornais – fará um “centro de checagem” de supostas “fakenews” na internet.” É mesmo que colocar Raposa pra tomar conta de galinheiro…como diria um Ministro elemento X ”tempos estranhos”

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