Previsível e, agora, já presente, o colapso começa a mostrar seus sinais.
Hospitais lotados e lotando no Rio, Manaus, Fortaleza e até em São Paulo, o mais bem equipado deles.
As cenas selvagens logo virão.
Não se iluda porque, ainda que doa muito, a realidade é o único remédio para nossas cabeças.
Mas há outro colapso, que igualmente era previsível e está em marcha: o colapso institucional.
O ataque de Jair Bolsonaro ao presidente da Câmara, dizendo que sua atuação é “péssima”
“Lamento muito a posição do Rodrigo Maia, que resolveu assumir o papel do Executivo”, afirmou . “Ele tem que me respeitar como chefe do Executivo.”
“Qual o objetivo do senhor Rodrigo Maia? Resolver o problema ou atacar o presidente da República? O sentimento que eu tenho é que ele não quer amenizar os problemas. Ele quer atacar o governo federal, enfiar a faca”, disse Bolsonaro em entrevista à CNN Brasil.
Acusou o que o presidente da Câmara de estar “conduzindo o país para o caos”.
“Não temos como pagar uma dívida monstruosa que está aí, não temos recurso. Qual a intenção? É esculhambar a economia para enfraquecer o governo para que eles possam voltar em 2022?
E ainda disse, sugestivo, que Maia tenta obter vantagens pessoais : “A gente sabe seu tipo de diálogo. Este diálogo não vai ter comigo.”
Na Folha, vai mais longe e deixa vazar que tem “dados de inteligência de plano de Maia, Doria e STF contra ele“.
Foi o sinal para suas corjas de lunáticos e seu exército de robôs começarem o ataque nas redes sociais.
Mas não será o único.
Vai estrangular financeiramente os governos estaduais para obrigá-los a reabrir comércios e escolas, exatamente como faz Donald Trump, neste momento, anunciando as diretrizes da Casa Branca para “reabrir tudo”.
O “sinistro” da Saúde que me perdoe, mas está alçado ao ministério da Morte.
Bolsonaro alimenta o sonho de subir triunfante, em meio a montes de corpos, ao poder absoluto.
Atrás dele, um amontoado de generais decrépitos e sabujos, pequenos o suficiente para serem comandados de um capitão fascista.
Em nome de Cristo, o anticristo.