O ‘sniper’ Witzel e a concorrência ao Pateta

O bobalhão brincando de “sniper” aí da foto é o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel.

É o resultado de uma cuidadosa operação de marketing – reparem o cuidado com o uniforme, a boina e até o colete à prova de balas, regulado no máximo para acolher a pança de Sua Excelência – divulgada por seu assessor Roberto Motta, oficialmente para assuntos de segurança pública mas, vê-se, também para assuntos promocionais.

Espalhada com um texto que – se estivéssemos sãos – provocaria risos:

“Deitado, treinando a mira e mostrando o significado de coragem moral, o governador do estado do Rio de Janeiro. Pela vida e liberdade dos cidadãos de bem. Por um futuro melhor – com paz e prosperidade – para todos”

Não consta, claro, que seja preciso que o governador treine a mira para tiros com fuzil, conseguindo uma precisão daquelas de “acertar na cabecinha”. Nem se vê qual é a “coragem moral” em fazer uns disparos de brincadeira num campo de treinamento, cercado por farta guarda e sem qualquer risco.

O contrário, o que se observa é alguém que só não é mais infantilmente escandaloso porque enfrenta a concorrência do atual Presidente da República.

Não é à toa que seu principal plano de desenvolvimento para o Rio é trazer – e de mentirinha, como mostra hoje Bernardo Mello Franco, hoje, em O Globo – para cá uma parada de personagens da Disney.

Como diz o jornalista, “o Pateta pode ser bobo, mas não gosta de concorrência”.

Nem mesmo com as risadas de Bolsonaro.

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23 respostas

  1. Esses “machões” que adoram se mostrar lidando com armas partem do princípio de que a MORTE só acontece com os outros.
    Nessa realidade paralela em que se desenvolvem não há lugar para sua própria morte.
    A violência explicitada pela extrema direita dos witzel,bretas,bolsonaros ,mas,parece a tática daqueles que temerosos,recorrem a permanente ameaça para não serem vítimas.Curiosamente no Brasil, o lado oposto desses extremistas ,são “idealistas pacifistas”

  2. Deitado em cima de um tapete, com um sorriso de propaganda de pasta de dentes na cara e dois coiós ajoelhados ao lado, prontos para socorrê-lo caso algo saia errado. Estou impressionada com a sagacidade do marqueteiro dele.

    1. É o mais triste, Emília: ele nem precisa ser inteligente, pois o público-alvo acredita em qualquer coisa…

  3. Não dá pra acreditar que esse indivíduo tenha sido juiz. É um idiota completo! Quem disse que se combate a violência com mais violência? Os profissionais de segurança que acreditam nisso ou se tornam assassinos ou vítimas de bandidos. E o governador continuará seguro, no Palácio, aplaudindo os policiais mortos ou os assassinos fardados.

  4. O palhacinho do Rio de Janeiro frente ao PALHAÇO BOLSOBOSTA do Planalto, é um mero aprendiz nas artes circenses.
    PUTAS QUE OS PARIU !

  5. O texto do “assessor para assuntos aleatórios”, é um primor de palavras desconexas, algo nunca visto no Brasil pré 2016.
    Parece a redação de um garoto de 9 anos,que retorna das férias e a professora solicita uma redação sobre como foi o descanso dos pupilos.
    E o micro governador faz jus ao texto, brincando de guerra como um menino pentelho.
    Pobre Rio de Janeiro, tão longe do Cristo Redentor e tão perto das bestas quadradas.

  6. As eleições de 2018 ficarào na história como uma histeria social. Serão analisadas não por políticos mas por psicologos, procurarão entender como o povo elegeu quarentões adolescentes ou até infantís como esse govrrnador. A democracia terá que bolar salvagauardas a esses imbecís.

  7. A insanidade mental virou pré-requisito para os mandatários de direita que governam os maiores estados da federação, seguindo o modus operandi do verme miliciano que ocupa o cargo de presidente.

  8. E quando ele vai falar sobre os salários dos professores da rede estadual, sem qualquer reajuste há mais de 5 (eu disse 5) anos?

  9. Ao som dos Titãs ao fundo (” Polííícia para quem preciiiiisaaaa, policia para quem precisa de polícia. . .”), bem que poderia aparecer algum cientista social para falar sobre populismo. Parece que temos uma figura pública que se encaixa no perfil. . .

  10. Um IDIOTA desses só poderia ter sido eleito com o festival de fake news que grassou na ultima eleição, escandalosamente capineada pelo TSE , cujo presidente era o Mato no Peito Fux.
    Mas me pergunto o que deve passar pela cabeça do Bannon e outros estrategistas do Império do Mal, quando se depararam com um POVO tão imbecilizado quanto o brasileiro.
    Acho que nem eles acreditam até hoje no que ocorreu .
    Em como foi fácil tomar as rédeas de um gigante como o Brasil de forma tão pueril.
    Que vergonha de pertnecer a um povinho desses.
    Aqui é o verdadeiro Admirável Mundo Novo.

  11. A exuberância patetológica do Bolsonaro supera tudo. Mas não lhe faltam concorrentes, como este tal de Witzel, que não se sabe quem elegeu, porque não se pode crer que tenha sido o povo carioca. Bolsonaro pelo menos segue uma linha escatológica global, que lhe é ditada por seu famoso guru, que por sua vez a extrai dos mais qualificados miolos moles da ultra-direita americana. Mas este Witzel é mesmo o gênio da raça, a expressão máxima da idiotice nacional.

    1. Eu moro no RJ e até hoje me pergunto quem votou num ilustre desconhecido até o fim do primeiro turno…????

  12. É a Necropolítica. “A expressão máxima da soberania reside em grande medida, no poder e na capacidade de ditar quem pode viver e quem deve morrer”, razão pela qual “matar ou deixar viver constituem os limites da soberania, seus atributos fundamentais.” Achille Mbembe, filósofo e pensador camaronês. Estudioso da escravidão, da descolonização e da negritude, é Professor de História e Ciências Políticas na Universidade de Witwatersrand, em Joanesburgo, África do Sul, e Duke University, nos Estados Unidos.

  13. Tem coisas que as pessoas só acreditam se quiserem. Moro e Lava-Jato são deste tipo.
    Uma ação que se limita aos governos do PT, na medida certa, nem um mês antes, e foca na PETROBRÁS, logo após a descoberta do pré sal, não pode ser isenta, ou sem segunda terceiras, quartas…intenções.
    Por mais que se queira ser ingênuo, não dá para acreditar. Só mesmo querendo encontrar um objeto para destruir um movimento com o qual não concordo, mais que isso, abomino, é possível aceitar que todo o processo seria legal.
    Acho que teremos que achar um Brizola para nacionalizar tudo que foi “doado” ou ficaremos de pires da mão por muito tempo.

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