Pacheco, a CPI do MEC e a lei do Bezerra da Silva

A cara de pau do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, é impressionante.

Divulgou, pelo Twitter, que acolherá o pedido de abertura de uma CPI para investigar as escandalosa corrupção no MEC, quee levou a ser preso o ex-ministro Milton Ribeiro e os dois pastores-picaretas que intermediavam verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação em troca de “doações” dos prefeitos.

Mas, logo em seguida, escreveu que “a ampla maioria dos líderes entende que a instalação de todas elas deve acontecer após o período eleitoral, permitindo-se a participação de todos os senadores e evitando-se a contaminação das investigações pelo processo eleitoral”.

Ou seja, que a CPI só deve ocorrer depois das eleições, porque os partidos não indicariam os integrantes das bancadas até outubro. Ou até nunca, se assim o desejarem.

É como no samba do Bezerra da Silva: “vou apertar, mas não vou acender agora”.

Pacheco é o mesmo que aprovou, em 24 horas, uma mudança na Constituição para permitir a compra de votos pelo governo, através da distribuição de dinheiro a menos de três meses das eleições.

Falar agora em “contaminação das investigações pelo processo eleitoral” é de uma hipocrisia atroz e mostra que o senador é um cínico. E isso, é claro, é um péssimo sinal para seus planos de continuar presidindo o Senado com a chegada de um novo governo.

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