O Estado de S.Paulo revela que Jair Bolsonaro “trocou” o médico que lhe fará, daqui a pouco, uma cirurgia para retirada de um cálculo na bexiga. A razão: o cirurgião Miguel Srougi, professor da Universidade de São Paulo e um dos mais prestigiados urologistas do Brasil disse, quando da demissão de Nelson Teich do Ministério da Saúde, que o atual presidente era “uma ameaça para a Saúde do Brasil”.
Bolsonaro, claro, tem o direito de escolher o médico que quiser para atendê-lo, mas a troca de médico denota um traço paranóico do atual presidente: o medo de que todos os que divergem dele estariam querendo matá-lo.
São comuns, na História, os casos de ditadores que temem, todo o tempo, que alguém vá atentar contra a sua vida, certamente porque acham – não sem razão – que provocam ódio em muita gente.
Só que isso revela também o distúrbio mental da culpa, como se concordassem “merecer” um castigo pelo que fazem. Não conseguem imaginar que alguém, nem mesmo um médico, possa divergir de ideias sem odiar o ser humano que as tem, pois é exatamente assim que funcionam suas mentes.
Mas, de fato, Jair Bolsonaro não é caso para o Dr, Srougi, é caso para o Dr. Freud.