Queda de 9,1%na indústria não é nada perto do que vem

Sabe o que a pesquisa do IBGE sobre a produção industrial brasileira de março, registrando uma queda recorde de 9,1% nas atividades, revela sobre a gravidade da crise econômica causada pela pandemia do novo coronavírus?

Não serve para nada, senão para dar uma pálida ideia do que será a derrubada real, que começa a ser revelada em abril, porque as restrições ao comércio só começou em São Paulo e Rio de Janeiro no dia 24 de março e, portanto, pouco influiu na redução das encomendas industriais, até porque, dali para a frente, quase ninguém fez pedidos para repor estoques, salvo de alimentos e produtos de limpeza.

Não se acredita que, no conjunto da indústria, a queda seja inferior, num cálculo otimista, menos de 30%. Em alguns setores, como o têxtil, vestuário, calçadista e a indústria automobilística, a queda vai chegar a 70-80%.

E não vai parar em abril, porque será inevitável que se mantenha grave ou ainda piore, porque o lockdown deve se tornar uma imposição sanitária nos próximos dez dias e se prolongar até o final do mês, no mínimo.

A vacilação em tomar, logo do início, medidas duras de isolamento vai, agora, cobrar o seu preço. Nada começa a se recuperar, timidamente, senão em junho, e isso com o máximo de otimismo.

 
 

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6 respostas

  1. Não acho que tenha a ver com o momento em que foi iniciado o isolamento. No mundo todo isto está acontecendo, independente do cronograma de isolamento. Eu temo é que, ao longo do tempo, os danos à economia acabem reforçando o discurso canalha do Bozo. E que, como disse o Paulo Nogueira Batista, a partir do ano que vem Bozo ganhe espaço e força com qualquer recuperaçãozinha que, com certeza, virá com o discurso de que “estou recuperando o mal que fizeram parando o país”.

    1. A persistir o atual governo, o Brasil de 2021 será um campo devastado ao estilo haitiano pós-terremoto, graças à incapacidade completa do Bozo para liderar qualquer coisa além de uma gangue de desequilibrados. Ao mesmo tempo, ele demonstra uma capacidade imensa de auto-destruição em ritmo galopante, similar à da pandemia. O que restará dos frangalhos da economia brasileira é uma incógnita, mas certamente não seremos ajudados por investimentos estrangeiros ou por políticas públicas eficazes.

    2. Caro Antonio Passos. Sinto muito, mas você está errado. Parece que virou rotina geral desfazer dos valores intrínsecos da Ciência. Os gráficos expostos em todos os processos de lutas contra o Covid19 mundo afora representam os resultados dos diferentes modelos de combates às pandemias. Não se tratam apenas de curvas dentro de um diagrama. As curvas são as contagens de mortos humanos distribuídos no tempo. Então, além de representar o tempo de desenvolvimento da infecção em uma população, estamos avaliando o sucesso ou fracasso dos governos no combate à disseminação. Nossa derrota é contabilizada em cadáveres… Veja Trump, Itália, Inglaterra, França, e Espanha… todos cometeram o erro de querer “negociar” com o Covid19. E todos perderam! Não existe uma luta entre economia e o Coronavírus. O vírus sempre vencerá… a questão é saber se perderemos pouco ou muito, isto em termos de vidas humanas. Trump, o idiota Ianque lá nos EUA sempre soube sobre o Covid19. Os Ianques tem os melhores serviços de Informações e Espionagem do Mundo. Ele, Trump, apenas pensou que a Tecnologia e a Ciência Norte-Americanos poderiam controlar a epidemia quando em terras ianques. Uma vez disperso o vírus e penetrada a população, nenhum governo consegue mais controlar o processo de contaminação, disseminação, adoecimento e morte. Veja só, muitos querem ver com regozijo os números de pacientes que “foram curados”! Isto é diletantismo e falta de conhecimento do que é um processo epidêmico. Nenhum parasita infecta ou mata todas as suas vítimas com a mesma intensidade e letalidade. Os patógenos nunca (jamais) matam todos os infectados, uma vez que se assim o fizessem, a doença acabaria por se extinguir.
      Enfim, temos países (raros) que sairão da pandemia (China, Coreia, Japão, Portugal) com poucos mortos e melhores condições que outros que não adotaram medidas de segregação ou “tiveram uma fraquejada” frente ao Coronavírus.
      Nós, Brasil, infelizmente, estamos indo em péssima direção, copiando os procedimentos “mitigatórios dúbios” do Trump, e, como consequência direta e lógica, colheremos resultados semelhantes nos processos de contaminação e disseminação. Por outro lado, nosso sistema de saúde não tem as mesmas estruturas e agentes trabalhadores que o Sistema de atenção clínica Ianque. Aqui, não se trata de “torcer” à favor ou contra, pois o vírus só responde a ações lógicas de segregação total e eficiente. Portanto, teremos mais mortes e ainda mais tempo de duração da epidemia…
      A realidade e os processos de desenvolvimentos biológicos que compõe a Epidemia Covid19 não se importarão com nosso sofrimento e com nossas lágrimas.
      Sergio Furtado Cabreira.
      Especialista em Saúde Coletiva-UFSM.
      Mestre e Doutor em Ciências-UFRGS.
      Em tempo, nem se preocupem em verificar. Como óbvio pelo meu curriculum vitae, sou mais um petralha esquerdista vagabundo!

  2. Não acho que tenha a ver com o momento em que foi iniciado o isolamento. No mundo todo isto está acontecendo, independente do cronograma de isolamento. Eu temo é que, ao longo do tempo, os danos à economia acabem reforçando o discurso canalha do Bozo. E que, como disse o Paulo Nogueira Batista, a partir do ano que vem Bozo ganhe espaço e força com qualquer recuperaçãozinha que, com certeza, virá com o discurso de que “estou recuperando o mal que fizeram parando o país”.

  3. Você já viu isto Brito?

    Homem que
    atacou enfermeiras trabalha para o Ministério de Direitos Humanos Pasta comandada por Damares Alves
    afirmou que pediu a demissão do funcionário terceirizado

    Flávio Costa
    São Paulo
    | UOL

    Renan da Silva Sena, funcionário terceirizado do
    MDH (Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos), agrediu verbalmente e cuspiu em enfermeiras que faziam uma manifestação na Praça dos Três Poderes, em Brasília, na última
    sexta-feira (1º).Sena é analista de projetos do setor socioeducativo, mas não
    aparece nem exerce suas atividades no ministério desde meados de março. Ele foi
    contratado pela empresa G4F Soluções Corporativas Ltda, que tem um contrato com
    o MDH no valor de R$ 20 milhões de prestação serviços operacionais e apoio
    administrativo.

    Comandada pela ministra Damares Alves, a pasta afirmou, em
    resposta ao UOL, que pediu à empresa terceirizada a demissão de Sena e que ela
    teria sido concretizada em 23 de abril. Porém a reportagem pediu e não recebeu
    a documentação que provasse o ato demissionário. Verificou-se também que o
    email funcional dele continuava ativo até o dia de ontem.O ministério declara
    ainda “reputar [crer] por inadmissíveis quaisquer atos de violência e
    agressão, tendo a ressaltar neste sentido uma série de ações de enfrentamento a
    todos os tipos de violência desenvolvidas no âmbito de suas pastas
    temáticas.”

    Sem trabalhar desde março

    Na sexta, cerca de 60 enfermeiros
    homenageavam 55 colegas de profissão mortos por causa da pandemia do novo
    coronavírus. Vestido de camisa amarela e com uma bandeira nacional, Renan
    agrediu com xingamentos e empurrões duas enfermeiras que participavam do ato.
    Ele cuspiu ainda no rosto de uma estudante de medicina que tentou defender as
    profissionais de saúde.Engenheiro eletricista de formação e missionário da
    Igreja Batista Vale do Amanhecer, Renan Sena presta serviço, desde fevereiro, à
    SNDCA (Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente), que
    coordena o Sinase (Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo), responsável
    pela execução de medidas destinadas a adolescentes em conflitos com a lei.

    Sena é considerado por colegas de trabalho
    “como uma pessoa de trato difícil e insubordinada”, apurou a
    reportagem. Desde meados de março até o dia em que agrediu as enfermeiras, ele
    chegou a alegar que estava doente, não respondeu aos emails de seus superiores
    no MDH nem executou suas tarefas.Contudo, participou de diversos protestos em
    que pedia intervenção militar ou que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido)
    cometesse um golpe de Estado, como o ato realizado em Brasília no dia 15 de
    março.

    No dia de 19 de abril, Sena foi visto no ato em que
    Bolsonaro discursou para manifestantes que pediam o fechamento do
    Congresso Nacional e do STF (Supremo Tribunal Federal). Sena participou ainda
    de protestos em frente à Embaixada da China, país a quem acusa de propagar
    intencionalmente o coronavírus, e também em frente ao STF, classificado por ele
    “como vergonha nacional”.Ministério afirma que havia pedido demissão
    de Sena Em resposta, o ministério afirmou que no dia 18 de março notificou a
    G4F para que desligasse Sena, “já que o prestador de serviços demonstrou
    expresso descontentamento com a função até então exercida na pasta e a
    necessidade da área a que ele encontrava-se vinculado de um outro profissional
    que pudesse desempenhar as funções que até então lhe eram atribuídas.”A apuração
    do UOL permite afirmar que a empresa terceirizada não foi notificada do pedido
    de desligamento.No dia de 16 de abril, ainda de acordo com a resposta do
    ministério, a empresa terceirizada foi informada que Sena “não apresentava
    entregas e tampouco retornava às tentativas de contatos telefônicos ou por
    email desde 06/04, ressaltando-se que até esta data, o mesmo apresentava as
    demandas que lhe eram solicitadas por sua chefia imediata.”O MDH afirmou
    por fim que em 20 de abril, reiterou “a manifestação de preocupação com o
    eventual estado de saúde do prestador e, em 23 de abril, tivemos parecer
    favorável a sua substituição, oportunidade em que nos foi informada sua
    demissão.”A reportagem pediu acesso à assessoria do ministério a um
    parecer ou a uma documentação que comprovasse a demissão de Sena, mas não
    recebeu resposta.

    Conselho de enfermagem afirma que
    acionará Justiça

    Renan Sena estava acompanhado da empresária Marluce
    Carvalho de Oliveira Gomes, que também insultou as enfermeiras, e do professor
    de inglês Gustavo Gayer, que divulgou nas redes sociais imagens do protesto,
    classificando-o como “mentiroso”.Foram enviadas mensagens aos emails
    dos três citados nesta reportagem, que não responderam. Ligações telefônicas
    para os respectivos celulares não foram atendidas.”O Conselho Regional de
    Enfermagem do Distrito Federal (Coren-DF) juntou todo o material probatório,
    identificou os agressores e vai processar cada um deles, pelos atos que
    praticaram hoje. A ignorância e a violência perpetrada contra a Enfermagem do
    Distrito Federal, em pleno Dia do Trabalhador e da Trabalhadora, não ficará
    impune, será respondida judicialmente, para que não mais se repita”,
    afirmou o órgão representativo dos profissionais.

    A G4F Soluções Corporativas Ltda pertence aos
    empresários Elmo Toledo Lacerda e Matheus Falcão Lacerda. Os contratos com o
    governo federal já lhe renderam pouco mais de R$ 98 milhões, de acordo com
    dados do Portal da Transparência.O UOL mandou email e ligou para a sede da G4F
    Soluções Corporativas, em Brasília. Uma funcionária afirmou que iria passar os
    questionamentos ao setor de comunicação, porém não houve contato posterior com
    o UOL

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