Toda esta “tretagem” sobre quem vai, quem não vai à posse do presidente do Tribunal Superior Eleitoral, onde vai sentar os presidente e ex-presidentes fulano e sicrano é o retrato deprimente de quanto estes últimos anos degradaram a vida pública.
É uma solenidade, de valor apenas simbólico, sinal de acatamento das autoridades e forças políticas do país à Justiça Eleitoral, algo que sempre aconteceu desde que ela foi criada. há 90 anos, para por fim às eleições “a bico de pena”.
Mas mesmo com quase um século, ela não escapou à radicalização insana que Jair Bolsonaro implantou na vida institucional do país.
Mas é bom lembrar que Bolsonaro plantou seu ódio no terreno lavrado pela politização a que se permitiu a Justiça, que funcionou como espelho da política e deixou que, por anos, os abusos da Lava Jato e de Sergio Moro e a ousadia de generais que lhe determinavam o que decidir.
Esta é apenas uma das frentes mais urgentes de normalização da vida brasileira mas, infelizmente, ela depende do resultado das eleições para acontecer.
Porque os ministros que acreditarem que a presença de Jair Bolsonaro representa uma “distensão” na guerra que ele vem travando estão, além do autoengano, uma fragilidade ante quem quer submeter a Justiça Eleitoral (e o STF) a serem coagidos pela brutalidade de seus adeptos.
O Jair Bolsonaro que estará ao lado de Alexandre de Moraes, é bom lembrar, agora há pouco tinha a seu lado Daniel Silveira, que prometia pendurar em postes Moraes e outros ministros e que recebeu o indulto presidencial.
O que dá para avaliar o respeito que o atual presidente tem pela Justiça.