Sujeira do jatinho de Campos está exposta, mas mídia nacional não vê…

giovane

O empresário Eduardo Freire Bezerra Leite, o Eduardo Ventola, era o titular da conta bancária da conta da “fantasma” Giovani Pescados, que  ajudou a comprar o avião que, em agosto de 2014, matou o candidato Eduardo Campos que, tendo Marina Silva como vice, disputava a Presidência da República. A empresa, de um pobre pescador que ficou conhecido após aparecer, atônito, no Jornal Nacional, dizendo que não sabia de nada, movimentou mais de R$ 20 milhões, embora seu “dono” legal more quase num casebre.

Esta é apenas uma das dezenas de revelações do inquérito que, dois anos depois do acidente, só aparece eventualmente no noticiário nacional, embora envolva todos os elementos para ser um escândalo de grande repercussão nacional: além da trágica morte de Campos, há o envenenamento de outro dos “laranjas” usados na aquisição do avião, Paulo Morato, encontrado morto em um quarto de motel.

Mas você só vai ler sobre isso nos blogs, como o de Noélia Brito e o Blog de Jamildo, do Jornal do Comércio do Recife.

Muito embora, claro, todo mundo saiba que rolou muito dinheiro sujo na campanha do candidato que, com sua vice, proclamavam a “nova política”. Tanto que, em setembro de 2014, até este desinformado Tijolaço publicava que “Eduardo Freire Leite Bezerra, vulgo Eduardo Ventola, cuja microempresa (sim, microempresa) Ele Leite Negócios Imobiliários Ltda. passou R$ 727 mil para o pagamento do jato à AF Andrade desfila em paz com o helicóptero Robinson PR-EDL (de Eduardo Leite, porque eles adoram batizar seus brinquedinhos com seus nomes)  sem que ninguém o aborde”.

Praticamente há dois anos, portanto.

 

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16 respostas

  1. Como não há justiça no Brasil nada ocorrerá com essas pessoas. Onde está o TSE do Gilmar Mendes? Um caso como esse em um país sério o tribunal eleitoral seria dissolvido e seus membros processados pois são comparsas da fraude . A Marina estaria impedida de se candidatar, mas como isso aquí com a Mídia, justiça, parlamento, empresários é a casa da Mãe Joana tudo pode ocorrer, só não pode quando o partido investigado é o PT.

  2. O mais estranho é a boa convivência de todos do tribunal com Gilmar Mendes, eles tão moralistas.

  3. “Bom-diamente”, ‘FORA temer’!

    ***

    O que estará em jogo no julgamento do Senado, por Roberto Amaral

    SEG, 25/07/2016 – 07:27

    Diante do atual cenário, como pode um parlamentar, liberal ou de centro-esquerda, ter dúvidas sobre que decisão tomar?

    (…)
    Sobre o “Tribunal Internacional pela Democracia no Brasil” ouviu-se o silêncio sepulcral de nossa grande imprensa, “dopada com tranquilizantes”, como observa Jânio de Freitas. Nem uma só palavra sobre a presença, entre nós, de juristas europeus, norte-americanos e latinos. E, por óbvio, nem uma linha, nem um segundo de rádio ou de televisão.
    (…)
    A história está aí para ensinar a possibilidade sempre presente de retorno a quadros políticos aparentemente superados, e que o pior é sempre uma possibilidade.
    (…)
    O professor Cristovam Buarque, senador da República por Brasília, reivindicando a isenção que ninguém lhe nega, apresenta-se, diante do processo do impeachment no Senado, como um jurado num tribunal do júri, prestes a julgar Dilma Rousseff: “Sou um julgador, não um indeciso. Mesmo que eu tivesse um sentimento formado, eu não diria qual é. Como é que posso julgá-la se ela não veio aqui” (Valor, 15/7/2016).
    (…)
    Como ignorar a PEC 241/2016, a limitar o crescimento dos gastos públicos à variação da inflação, efetiva promessa de barbárie social? Para não falar da catástrofe que ela anuncia para a educação brasileira – isto é, para o futuro do país, e isso o senador Cristovam sabe muito mais do que eu e a maioria de meus poucos leitores e seus muitos eleitores.

    Consideremos apenas o que a proposta anuncia para a Saúde. Arrimo-me nas denúncias do ex-ministro José Gomes Temporão: “Se essa regra vigesse há 20 anos, não teríamos o programa nacional de imunizações que é o maior do mundo, não teríamos o programa de Aids que é um dos mais respeitados do mundo, não seríamos o segundo maior país em transplantes de órgãos, não teríamos os 100 milhões de brasileiros cobertos pelo Programa de Saúde da Família e o impacto, dando só um exemplo, da redução dramática da mortalidade infantil (…) Eu diria que viveríamos uma situação de barbárie social, simplesmente” (seminário “Austeridade contra a Cidadania”, São Paulo, 18/7/2016).
    Mais que julgar Dilma Rousseff, quem votar pelo impeachment estará, conscientemente, votando num projeto de governo no qual o SUS e as compensações sociais não cabem no Orçamento da União. Está em jogo uma opção clara, ideológica e material, pelos credores e pelos rentistas, em detrimento do povo.
    Votando a favor do impeachment, fundado na conspiração e na fraude, supondo estar julgando a honrada presidente Dilma, na verdade o humanista e agora senador Cristovam estaria (e creio que jamais estará) optando pela revisão dos direitos dos trabalhadores, pelo desmonte do Estado e pela alienação de nossa soberania. Não há mágoa que o justifique. Fique isso bem claro, para que fique bem claro o compromisso que cada um dos senadores e senadoras estará assumindo com o País e seu povo: o voto pelo impeachment é a opção pelo regresso social.
    É ainda a opção por novo período ditatorial, (…)
    Um regime antidemocrático, conformado com uma Constituição reformada, emendada ao sabor de uma maioria retrógrada. Uma ditadura amparada na unanimidade da grande imprensa, a serviço do poder econômico e por isso louvada por todas as avenidas Paulistas da vida, além de protegida pela parcialidade do Poder Judiciário, preguiçoso na defesa dos pobres e pressuroso na proteção dos direitos dos poderosos.
    Diante desse quadro, como pode um senador ou senadora, liberal ou de centro-esquerda, ter dúvidas sobre que decisão tomar?

    FONTE [LÍMPIDA!]: http://jornalggn.com.br/noticia/o-que-estara-em-jogo-no-julgamento-do-senado-por-roberto-amaral#comment-962169

  4. E o helicoca, que tem dono, mas a PF não sabe de quem é a droga? Mais um mistério. Enquanto isso o barquinho de lata é alvo de intensas investigações. Esse país só tem “justiça” para quem? Se o tal do helicóptero fosse do Lula, qual seria a manchete dos jornalecos e a reação da PF? Gostaria de saber. Se bem que é fácil prever o que seria o espetáculo a que assistiríamos.

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