Descobriu-se a primeira finalidade da intervenção federal do Rio de Janeiro.
O “Vampirão”, principal destaque do último carro alegórico da escola Paraíso do Tuiuti – vice-campeã e grande novidade deste Carnaval – , desfilou esta madrugada sem a faixa que servia de legenda à sua identidade.
Como nos maus tempos da ditadura, vieram “ordens superiores”e a larga faixa ficou reduzida a uma fina gravata verde-amarela, que também estava na fantasia original.
Uma bobagem, porque o “Vampirão” e Michel Temer já eram gêmeos por suas mórbidas semelhanças.
Mas dá para imaginar a cena antes impensável:
-Tirem a faixa ou vão ver só”
-A gente tira, chefe, mas a gravata pode ficar?
Claro que a faixa é uma irrelevância. Mas a misteriosa ordem para tirá-la não é.
Revela que começa a existir aquela sombra de medo que, ao se projetar sobre as pessoas comuns, aumenta o tamanho das almas minúsculas do autoritarismo.