Um ano de resistência em 2020. E assim será 2021

Pode-se dizer que 2020 é um ano que não terminou e que se estenderá, ainda, por muitas folhas do calendário de 2021.

Leio de amigos que, apesar disso (ou talvez por isso mesmo) é um ano para não ser esquecido.

Certo que vimos dor, corpos, covas em quantidades e proximidades inéditas.

Para quem não a tinha presente, a finitude humana saltou aos olhos e derrubou arrogâncias – muitas, não todas, porque os arrogantes disseram que nada lhes aconteceria, talvez por seu “histórico de atleta.

Muitos se aproximaram à distância, em lives, grupos de discussão virtual, reuniões pelo Zoom e sabe-se lá o que mais.

Embora quem apareça nos sites e jornais sejam aqueles que não têm apreço à vida – e é lógico que não se fala de quem teve de sair para ganhar o pão – a grande maioria, pela maior parte do tempo, isolou-se, privou-se, confinou-se, por si e pelos outros.

Afastados, vimo-nos aproximados pela humanidade que nos fez aceitar o cativeiro autoimposto.

E, assim, resistimos, com a confiança de que a pandemia o mundo passará, tanto quanto a moléstia que castiga os brasileiros, Jair Bolsonaro e as falanges de estupidez que se alinharam a ele.

O horror que essa gente provoca, com seu desprezo à vida e à dignidade que ela deve ter, se nos torna tristes, também nos faz forte para decidir, intima e publicamente, que eles não podem triunfar.

Numa coisa e noutra, sabemos que estamos travando uma batalha paciente pela vida, e não apenas a nossa.

Eu agradeço, a todos os que leem e apoiam este blog a oportunidade de travá-la.

 

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